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Os vírus possuem algumas proteínas em sua superfície que reconhecem as proteínas das células hospedeiras. No caso do novo coronavírus, a proteína do vírus, denominada Spike ou, simplesmente, S, reconhece uma proteína chamada Enzima Conversora de Angiotensina do tipo 2 (ACE-2), presente nas células do trato respiratório, que serve como um receptor para o vírus. Por meio desse receptor, ele invade a célula e injeta seu ácido nucleico (RNA).
A superfície do vírus é coberta de estruturas que lembram espinhos de proteína e ajudam o parasita a ligar-se às células do hospedeiro. Se o espinho não “combinar” com os receptores das células, ele não consegue penetrar na célula e reproduzir-se, e a infecção é mal sucedida. Era o que acontecia com os humanos em relação ao coronavírus até então. Mas as mutações mudaram as proteínas dos espinhos, que acabaram tornando-se compatíveis com as nossas células.
O que o vírus faz é sequestrar a maquinaria celular da célula: a partir desse momento, ela deixa de trabalhar para sua sobrevivência e passa a multiplicar as fitas de RNA e produzir as proteínas virais. Além da proteína S, o 2019-nCoV possui as proteínas E, M e N. A proteína E está presente no envelope viral, atuando na montagem do vírus. Já a proteína M, inserida na bicamada lipídica, exerce função estrutural e participa, também, da replicação viral. Por fim, a proteína N funciona como uma capa, envolvendo o RNA; ela está localizada no nucleocapsídeo.
Ao final do processo de replicação, ácidos nucleicos e proteínas são juntadas dentro da célula, formando novas partículas virais, que acabam saindo dessa célula e repetindo o processo inicial. Diretamente ou indiretamente, essa célula vai morrer.
Espero ter ajudado !
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