Respostas
Resposta:Pesquisa realizada em solos do Distrito Federal e de Goiás revela que o Cerrado abriga 20 potenciais novas espécies e um novo gênero de enquitreídeos (Oligochaeta, Annelida), também conhecidos como microminhocas, organismos que ocorrem em quase todos os solos do mundo.Os levantamentos mostraram que o Cerrado é tão rico nesses organismos quanto florestas de outros biomas brasileiros com temperaturas mais amenas e maiores índices pluviométricos.
pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF) Cintia Niva, coordenadora do estudo, diz que os resultados são surpreendentes: “A ideia geral era que havia poucas microminhocas no Cerrado devido ao prolongado período de seca, já que esses invertebrados precisam de solos úmidos para sobreviver.A importância do estudo das microminhocas está relacionada às funções que elas desempenham no ecossistema, uma vez que contribuem para a decomposição de matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, formação do solo e cadeia alimentar.
“Para que isso ocorra, é imprescindível conhecer a biodiversidade que temos no solo para poder desenvolver ferramentas úteis no monitoramento e agregar mais valor aos sistemas produtivos”, completa a pesquisadora.As amostras foram coletadas entre 2016 e 2018 em área de vegetação natural do Parque Nacional de Brasília, do Jardim Botânico de Brasília e de área de Cerradão na Embrapa Cerrados.De modo geral, percebeu-se que a densidade e a riqueza de microminhocas é maior em solos de vegetação nativa, o que pode ser atribuído à maior disponibilidade e à qualidade do material orgânico e ao menor grau de atividade antrópica no solo.
Explicação: