secretion of Adam capela Sistina obra feita de Michelangelo buonarroti(1475-1564)
característica e curiosidades
Respostas
Resposta:
Parte 1
Explicação:
História da Capela Sistina do Vaticano
A Capela Sistina é uma das capelas do Palácio Apostólico da Cidade do Vaticano, onde fica a residência oficial do Papa. Originalmente funcionava como capela do forte do Vaticano e era conhecida como a Capela Magna. Seu nome é em homenagem ao Papa Sisto IV, que ordenou sua construção entre 1473 e 1481 para servir de seu oratório privado. Esta foi projetada pelo arquiteto Giovanni de Dolci.
Durante o pontificado de Sisto IV, um grupo de pintores renascentistas foram convocados para pintar as obras na capela, incluindo Sandro Botticelli, Pietro Perugino, Pinturicchio, Domenico Ghirlandaio, Cosimo Rosselli e Luca Signorelli. Foram criados duas séries de painéis de afrescos, uma sobre a vida de Moisés (à esquerda do altar) e outra sobre a vida de Jesus Cristo (à direita). Esses painéis foram acompanhados por retratos dos papas que tinham governado a Igreja até à época. As pinturas foram concluídas em 1482, e devido à festa da Assunção, Sisto IV celebrou a primeira missa na capela consagrando a Virgem Maria.
Em 1506, sob as ordens do Papa Júlio II, com o desejo de embelezar o Vaticano e ficar conhecido como patrono das artes, regeu o artista Michelangelo para pintar o teto da capela. O seu método de pintura era o afresco, que, como o próprio nome indica, é realizado enquanto o reboco de cal está úmido na parede. Quando a cal seca, há um areação com os pigmentos de tinta e a cor é fixada.
Todos os afrescos do teto da Capela Sistina são obras deste pintor que levou quatro anos para completar o trabalho ( 1508 a 1519), criando uma obra de arte sem precedentes e que mudaria o rumo da arte ocidental. Após alguns anos, entre 1536 e 1541, o mesmo pintou o Juízo Final na parede do altar para os Papas Clemente VII e Pablo III.
Apesar de isto tudo, Michelangelo relutou em aceitar a incumbência, mas acabou cedendo. A ideia original do papa Júlio II afrescos dos doze apóstolos na cúpula, mas Michelangelo rejeitou o pedido, argumentando que, diante do espaço imenso de 500 metros quadrados, a suposta composição desejada teria um resultado pobre e medíocre.
Michelangelo optou por preencher todo o espaço disponível. Queria realizar um afresco de mais de 1.000 metros quadrados, que seriam recobertos por 300 figuras dentro de uma concepção global filosófica, arquitetônica e religiosa. Iniciou este projeto no dia 10 de maio de 1508, dois dias após ter aceitado o contrato. Ordenou que fossem montados andaimes a 20 metros do chão e este trabalhava em média 16 horas por dia nas piores condições, onde respirava tinta e submetia o corpo a torções infernais (em pé, para pintar com o rosto comprimido contra o teto). Inicialmente o artista tinha 13 assistentes, mas insatisfeito com os mesmos, demitiu-os após algumas semanas de desavenças.
A partir dai, trabalhou sozinho e exigiu que ninguém entrasse na capela enquanto trabalhava nos afrescos. Porém, o papa Júlio II fez questão em contraria-lo e estava sempre a importuna-lo com perguntas sobre o fim das obras. Todo o seu esforço causou problemas físicos permanentes como, por exemplo, ficou com a barriga protuberante, o peito encolhido e a coluna curvada. Este era obrigado a segurar os textos que lia acima da cabeça, devido ao habito que ganhou de manter os olhos fixos no alto durante os quatro anos da criação do teto da capela.
A Capela Sistina foi aberta ao público em 1512, no Dia de Todos os Santos. Apesar dos andaimes ainda estarem montados, o Papa Júlio II fez questão de celebrar a missa na capela.
Após dois séculos, nas primeiras restaurações (século XVIII) não removeram os danos e recobriram as figuras de uma camada de substância gordurosa e gomas que, por consequencia, acelerou a decomposição das cores. A fuligem dos archotes e velas que iluminavam a capela deu o toque final opaco dos afrescos. O que casou mais danos foi a devastação humana, detonada com a onda moralista do Concílio de Trento (1564) que determinou que os nus de capela fossem destruídos ou cobertos com véus. O artista Michelangelo mal tinha falecido e o pintor Daniele de Volterra vestiu as figuras com calças e folhas de videiras.
Em 1993, após cinco anos de restauração, a Capela Sistina foi reaberta e o resultado surpreendeu o público e os historiadores de arte, visto que, após centenas de anos, as cores magistrais da pintura do mestre renascentista tinham voltado.
A divisão principal do teto está realizada em nove painéis que representam cenas do livro do Gênesis. Esta escolha do tema teológico estabelece uma ligação entre os primórdios da história do homem e a vinda de Cristo, porém a figura de Cristo não se encontra representada na composição pictórica do teto.
As figuras são predominantemente impactantes, movimentadas e elegantes. Ao longo do espaço figuras gigantescas e musculadas contorcem-se quase de forma impossível, atribuindo movimento a toda a composição.
Desde 1870, a Capela Sistina é a sede do conclave onde se realizam as reuniões em que os cardeais escolhem um novo Papa. Quando o novo Papa é eleito, é conduzido à uma pequena sala, La Stanza del Pianto da Capela Sistina, que se situa à esquerda do altar, debaixo do Juízo Final. Esta pequena sala tem esta designação devido, frequentemente, o novo eleito se emociona por ter sido nomeado Papa.
A criação de Adão é uma das pinturas mais famosas da Capela Sistina que se situa na parte central da abóbada e representa o episódio do Gênesis em que Deus dá a vida a Adão.