• Matéria: Pedagogia
  • Autor: cida1967
  • Perguntado 9 anos atrás

Leia o texto abaixo.

Paulo Reglus Neves Freire, educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco.

Por seu empenho em ensinar e combater o analfabetismo, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.

O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo vigente na época. A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).

Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na época um processo de independência. No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.

Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).

A Pedagogia da Autonomia,é a última obra de Paulo Freire, publicada em vida. Apresenta propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação como forma de construir a autonomia dos educandos, valorizando e respeitando sua cultura e seu acervo de conhecimentos empíricos junto à sua individualidade.

Em nossa sala de aula no AVA encontra-se a obra Pedagogia da Autonomia. leia com atenção o capítulo I- “Não há docência sem discência”.

ATIVIDADE PROPOSTA

Faça a leitura do capítulo I “Não há docência sem discência” e elabore sua compreensão sobre todos os itens apresentados no capítulo.

Elabore um texto único de 10 a 20 linhas aproximadamente, indicando e comentando sobre os saberes necessários à prática educativa, os quais constam do capítuloI .

Respostas

respondido por: marcinhaazeved
20
Na minha compreensão entendo que Paulo Freire acredita que ensinar é uma forma de intervenção no mundo que através da educação é possível que ocorram mudanças em todos os campos da sociedade por isso é importante que o professor seja crítico, e dessa forma a sua preparação científica é necessária, deve estar sempre em busca de novos conhecimentos e pelo fato de ser professor deve ser pesquisador1.ENSINAR EXIGE RIGOROSIDADE METODOLÓGICA- é dever do educador democrático é reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão, necessitando de ética e coerência para assim fazê-lo. 2. ENSINAR EXIGE PESQUISA- Não há ensino sem pesquisa, nem pesquisa sem ensino. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando.3. ENSINAR EXIGE RESPEITO AOS SABERES DO EDUCANDO A escola deve respeitar os saberes socialmente construídos pelos alunos na prática comunitária. 4. ENSINAR EXIGE CRITICIDADE Entre o saber feito de pura experiência e o resultante dos procedimentos metodicamente rigorosos, não há uma ruptura, mas uma superação que se dá na medida em que a curiosidade ingênua, associada ao saber do senso comum, vai sendo substituída pela curiosidade crítica ou epistemológica que se rigoriza metodicamente. 5. ENSINAR EXIGE ESTÉTICA E ÉTICA Somos seres históricos – sociais, capazes de comparar, valorizar, intervir, escolher, decidir, romper e por isso, nos fizemos seres éticos6. ENSINAR EXIGE A CORPOREIFICAÇÃO DA PALAVRA PELO EXEMPLO-O professor que ensina certo não aceita o “faça o que eu mando e não o que eu faço”. Ele sabe que as palavras às quais falta corporeidade do exemplo quase nada valem. É preciso uma prática testemunhal que confirme o que se diz em lugar de desdizê-lo. 7. ENSINAR EXIGE RISCO, ACEITAÇÃO DO NOVO E REJEIÇÃO A QUALQUER FORMA DE DISCRIMINAÇÃO - O novo não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, nem o velho recusado, apenas por ser velho. O velho que preserva sua validade continua novo. 8 ENSINAR EXIGE REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A PRÁTICA - Envolve o movimento dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer.

tati46: “Não há docência sem discência”, na medida em que, como diz Cora Coralina na citação “Feliz
aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”, ou seja, reforçando o que Paulo Freire defende, quem ensina “aprende o ensinar”, e quem aprende “ensina o aprender”, como condição importante em todo processo de ensino/aprendizagem. O autor pauta, para tanto, alguns saberes necessários à prática educativa. São eles:
1.ENSINAR EXIGE RIGOROSIDADE METODOLÓGICA- ética, coerência, clareza na metodolog
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