Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava
para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim: -
Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
Carlos Drummond de Andrade
Há no texto:
Opções de pergunta 6:
mais verbos regulares.
dois verbos defectivos.
três verbos auxiliares.
um verbo defectivo.
nenhuma das alternativas anteriores.
Respostas
respondido por:
5
Respostas:
》verbos regulares >
montar/ sentar/coser/aprender/pousar/suspirar
》verbos defectivos> falir, doer, colorir
》verbos auxiliares>era
Explicação:
☆ INFÂNCIA é um poema de Carlos Drumond de Andrade.
▪verbos regulares> os que não sofrem alteração no radical quando conjugamos.
Exemplos: falar, comer, etc
▪verbos defectivos > São os que não possuem conjugação completa
Exemplos: doer, abolir, colorir, etc.
▪verbos auxiliares> auxiliam na conjugação de outros
Exemplos: ser, estar, ter, etc.
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