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Reorque as empresas e os países investem cada vez mais no conhecimento para gerar competitividade, emprego e renda. Segundo o Banco Mundial, o Brasil tem baixo aproveitamento de pesquisas por empresas porque empresários e pesquisadores não trabalham de forma integrada.
Por Ottoni Fernandes Jr. e Edmundo Oliveira, de Brasília
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Criada em 1969 a partir de uma pequena loja na Rua Oscar Freire, na capital paulista, a Natura, fabricante de produtos cosméticos, de higiene e de perfumaria, é hoje um dos bons exemplos de empresa brasileira que investe em inovação. Em 2003 faturou 1,9 bilhão de reais e investiu 35 milhões de reais em pesquisa. O diretor da empresa, Eduardo Luppi, diz que na indústria de cosméticos o ciclo de renovação de produtos leva de dois a três anos e que, para enquadrar-se nesse ritmo, a Natura investe 3% de sua receita líquida em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), melhorias de processos e convênios com universidades e centros de pesquisa. Os bons resultados da companhia, que abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo há pouco mais de dois meses, remetem para a questão crucial da inovação nas firmas brasileiras e também no conjunto das instituições de ensino e pesquisa do país - tudo aquilo que se convencionou chamar de Sistema Nacional de Inovação.
A questão é: por que a inovação tornou-se algo tão importante? Por que diferentes países, especialmente os mais ricos, investem somas crescentes para desenvolver o potencial inovador de suas empresas? A razão é que os processos inovadores, expressos em novos produtos, processos e patentes, têm relação direta com o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda e o aumento da competitividade, fator essencial para o progresso das empresas e das economias nacionais.
Michael Porter, professor norte-americano conhecido por ser uma autoridade em estratégia empresarial, considera que as empresas podem concorrer por diferenciação ou por preço. A empresa que concorre por preço normalmente tem uma linha de produtos padronizados e busca reduzir seus custos, entre eles o de mão-de-obra. A empresa que concorre por diferenciação procura lançar bens que se destacam no mercado e pelos quais as pessoas se dispõem a pagar mais. É de se entender, portanto, que essas empresas passem a se organizar internamente para o desenvolvimento de novos produtos e processos, tendo como objetivo criar um diferencial, e não necessariamente baixar custos. Nesse caso a mão-de-obra é um gerador de riqueza e não mais um item na coluna dos custos.sposta:
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