TEXTO 1
Cinema é, antes de tudo, um processo que permite a realização de filmes. Também é
outras coisas. Milhares de pessoas estudam cinema não para fazer filmes, e sim para
arquivá-los, pesquisá-los, entendê-los, criar teorias sobre eles e criticá-los. Essas pessoas
são importantes e fazem parte do mundo do cinema.
Vou chamar genericamente de “filme” qualquer sequencia de imagens em movimento com
som sincronizado que conta uma história. Não importa a duração, o suporte ou a forma de
veiculação. Não importa se é um longa produzido e exibido em 35mm, ou um curta em
vídeo de um minuto gravado e editado num celular. O desafio é o mesmo: contar uma
história e encantar o espectador.
Nem todos os filmes contam histórias de forma explícita. O cinema contemporâneo às
vezes faz um esforço enorme para esconder a história, ou transformá-la em algo tão tênue
que mal podemos percebê-la. Os chamados filmes contemplativos, em que quase nada
acontece, estão na moda. Alguns até são muito bons.
Se for contar historias, saber como funcionam as histórias pode ser útil. É mais ou menos
como fazer um esforço para entender as “regras” da gramática do cinema. Mas – atenção!
– se o filme não conta uma história terá de oferecer ao espectador algo tão bacana quanto.
É uma tarefa complicada.
Todas as formas de fazer cinema, quanto contam ou não uma história, trazem a proposta
de comunicar algo de uma maneira muito específica. Mesmo havendo filmes, nos quais os
sons e as falas são muito importantes, o que mais importa nessa linguagem artística são as
imagens em movimento, é como essas imagens são compostas e manipuladas, para nos
iludir e também nos chamar a atenção, de forma muito particular para determinadas
realidades. Lembremos que o cinema nasceu sem som e sem fala, e mesmo assim
encantou e atraiu a todos por onde passou. O que causou essa atração no princípio foram
as imagens em movimento capturadas numa tela.
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TEXTO 2
Chamamos de cinema ou cinematografia à tecnologia que reproduz fotogramas de forma rápida e sucessiva criando a chamada ilusão de movimento", ou seja, a percepção visual de assistir imagens que se movem. Também se diz cinema ao prédio ou sala onde são projetados os filmes.O termo tem a mesma raiz grega que outras palavras como cinética, cinesiologia e outras que se relacionam com o movimento.
No ano de 1995 o cinema cumpriu cem anos. Em 28 de dezembro de 1895 os irmãos Lumiére projetaram o primeiro filme que reproduzia a saída dos operários de uma fábrica francesa em Lyon. Desde então, o cinema atravessou diferentes períodos, desde a época muda até o início do cinema sonoro, do cinema não narrativo até o de gêneros, e assim por diante. Esta evolução reconhece certas metas específicas que representaram verdadeiras mudanças históricas, sem dúvidas, a primeira delas foi a introdução do som, especialmente das vozes humanas e da música, sem esquecer os efeitos sonoros. O segundo impacto consistiu na possibilidade de introduzir cor e abandonar o estilo tradicional de projeção em preto e branco. Finalmente, o surgimento de tecnologias digitais foi o terceiro golpe de efeito na história do cinema, que permitiu a geração de imagens surpreendentes no contexto de uma alteração significativa nos custos.
Hoje o cinema desenvolveu uma vasta teoria que o relaciona com outras artes como a literatura, a pintura e a fotografia. Assim, é considerado como "a sétima arte". Assim mesmo, o alcance do cinema excedeu de forma superlativa seu propósito puramente artístico, e é na verdade, tanto uma ferramenta para a propagação da ciência ou da cultura como uma indústria que gera muitos empregos. De fato, a realização cinematográfica exige uma equipe técnica constituída por uma unidade de produção, direção, fotografia, roteiro, montagem, direção de arte e muitas outras. Esta realidade reflete na atividade febril e reconhecida de Hollywood nos Estados Unidos, como também em países cuja produção internacional é menos conhecida, mas que geram uma produção anual de filmes, como ocorre na Índia, Hong Kong, Nigéria, entre outros exemplos.
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QUAL E A RELAÇÃO ENTRE ESSES 2 TEXTO, O QUE ELES TEM EM COMUM, EXPLIQUE 25 LINHAS
Respostas
Resposta:
Os dois tratam da indústria cinematográfica, tratando de seus benefícios e da sua evolução, e também de suas mudanças. Cinema é uma arte e também uma indústria multimilionária. Embora Hollywood siga ditando tendências desde a década de 1920, outros países têm ingressado nesse mercado. Em um contexto cada vez mais amplo e multifacetado, no qual as salas de cinema competem com a televisão e serviços de streaming, é importante entender de que maneira os aspectos comerciais de uma produção podem determinar seu sucesso junto ao público. Para tanto, basta analisar as principais mudanças da indústria cinematográfica nas últimas décadas. Não existe quem não ame o cinema, e seu mercado vem sendo cada vez mais competitivo.
Atualmente, a indústria de cinema hollywoodiana produz de 600 a 800 longas-metragens por ano. Já Bollywood, cerca de 1200 filmes – a maior parte deles para seu próprio mercado. A China não fica para trás, com 400 produções – a maior parte delas assistidas localmente, pela enorme população do país. O Brasil tem uma média anual mais baixa, produzindo aproximadamente 150 filmes nacionais.
O fato é que um número gigantesco de produções está disponível anualmente para o circuito distribuidor. Com tantas opções, as salas de exibição precisam limitar o tempo em que cada filme ficará em cartaz. Antigamente, alguns filmes eram exibidos durante anos. Esse intervalo passou para alguns meses, até chegar à média de um blockbuster na atualidade: no máximo oito semanas.
O cinema vive no coração de cada um de nós, nos faz entrar em universos paralelos.