1)Quais as profissões que existem no "teatro"?Qual é a função de cada uma das profissões que vc citou?
2)O que vc sabe sobre a criação e produção de uma peça teatral? Quais são as principais funções dentro de uma produção é criação de teatro?
3)Vc conhece artistas africanos ,afro-brasileiras ou indígenas? São atores de novelas ,filmes ,séries ou de alguma outra linguagem da arte?
4)Em uma atividade anterior ,citei os diferentes tipos de "locais" convencionais e não convencionais para se fazer teatro. Quais são os locais mais inusitados vc conhece para se fazer teatro? Quais são os lugares mais comuns para se fazer arte?
Respostas
Resposta:
nossa e a prova toda
Explicação:
No Brasil, o século XIX foi marcado por profundas alterações sociais,
políticas e econômicas. A questão racial apresentou-se como um dos
elementos determinantes para as configurações da sociedade e do Estado
brasileiro.
O Estado brasileiro se caracterizou, por muito tempo, pelo
colonialismo/escravismo. Suas regras foram ditadas por Portugal e tudo o que
se produzia era para o sustento da metrópole. Dessa maneira, os indígenas,
inicialmente, e os negros, posteriormente, foram escravizados e coisificados,
sendo excluídos do acesso à riqueza produzida no país.
Uma das consequências dessa constituição histórica é que o Brasil
tornou-se um dos países com a pior distribuição de renda e com a maior
desigualdade racial do planeta e, o mais grave, com a perpetuação dessa
condição até o século XXI.
Entretanto, para além desse “racismo residual”, conforme nomeado por
Florestan Fernandes (1978), o que vemos é a permanência de exclusão racial
e atitudes preconceituosas ressignificadas no cotidiano, corroborando a
manutenção da miserabilidade das populações negras. De outra parte, pois há
especificidades, os povos indígenas frequentemente se veem às voltas em
conflitos acirrados na defesa de suas formas de sobrevivência e cultura, que
exigem do Estado brasileiro uma intervenção qualificada nas disputas por
terras.
Dados divulgados na pesquisa de Pinheiro et. al. (2008, p. 33) mostram
que:
No caso dos diferenciais de raça, os indicadores usualmente
adotados captam bastante bem as desigualdades entre brancos
e negros, retornando rendimentos per capita sistematicamente
inferiores para estes últimos. Tomando-se as informações para
2007, temos que 20% da população branca situava-se abaixo da
linha de pobreza, enquanto mais do dobro, ou 41,7%, da
população negra encontrava-se na mesma situação de
vulnerabilidade. No caso de indigência, a situação é tão ou mais
grave: enquanto 6,6% dos brancos recebem menos de 1/4 de
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salário mínimo per capita por mês, esse percentual salta para
16,9% da população negra, quase três vezes mais. Isso significa
20 milhões a mais de negros pobres do que brancos e 9,5
milhões de indigentes negros a mais do que brancos.
Com isso, as populações negras e indígenas no Brasil sofrem
preconceitos raciais e encontram-se impedidas de acessar bens e serviços, tais
como: saúde, educação, segurança e emprego. Os números do Censo 2010,
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em
diversos municípios do Brasil, há grande parte da população indígena em
extrema pobreza - sem renda própria.
O Censo mostra, ainda, que a população indígena representa apenas
0,4% dos brasileiros, contudo representa 2,9% da população em extrema
pobreza. É na posição de base da pirâmide social, como revelam os dados do
IPEA e do IBGE, em que o negro e o indígena se encontram.
Para Henriques (2002, p. 11),
a desigualdade resulta de um acordo excludente que não
reconhece a cidadania para todos, na qual a cidadania dos
incluídos é distinta da dos excluídos e, em decorrência,
também são distintos os direitos, as oportunidades e os
horizontes espaciais e temporais dos brasileiros.
Portanto, compreende-se que, de todos os setores sociais básicos dos
quais o negro é excluído, a Educação é o que contribui de forma decisiva para
a mobilidade social dos indivíduos. A Educação, quando pautada nos princípios
da promoção da igualdade e do respeito às diferenças, pode influenciar nas
chances de integração dos indivíduos, de diferentes raças/etnias, na sociedade
e na transformação da situação desigual em que se encontram.
A sociedade brasileira tem revelado, nos últimos tempos, o surgimento
e o crescimento de novas forças sociais nascidas nas décadas de 60/70,
influenciada pelo consenso mundial de que os direitos humanos devem ser os
princípios fundamentais de uma sociedade livre, harmônica e justa.
Assim, a Constituição Federal de 1988 configura-se como a expressão
dos anseios de liberdade, das lutas pela democracia de todo o povo brasileiro e
instrumento legítimo de consagração, com força jurídica, das aspirações por
justiça social e proteção da dignidade humana.
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