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Resposta:
No entanto, uma excessiva valorização das sub-identidades culturais presentes em uma determinada formação social pode colocar em risco a provisória estabilidade das multifacetadas identidades nacionais das complexas sociedades do capitalismo tardio. Tal fenômeno constitui motivo de preocupação em uma sociedade como a nossa, herdeira de um processo de colonização, cujo estado nacional é fruto de um processo histórico cultural recente, formação social marcada por assustadores níveis de exclusão social.
No plano filosófico, a “pervasiva” influência no domínio da cultura letrada ocidental dos impulsos contextualistas provenientes do pós-estruturalismo, em especial sob a forma de uma filosofia da diferença – quer seja, por um lado, em uma matriz mais francesa, com Deleuze, Foucault e Lyotard ou, por outro, em uma matriz fenomenológica, com Derrida –, alimenta teoricamente todas as reivindicações identitário-minoritárias. No âmbito da cultura, estas idéias oriundas da tempestuosa atmosfera dos animados anos 60 e 70 municiaram os instigantes trabalhos de importantes críticos culturais, como Aijaz Ahmad, Eduard Said, Homi Bhabha e Stuart Hall, que, da perspectiva de culturas periféricas, interpelam os tradicionais quadros referenciais eurocêntricos.
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