1- Os pronomes relativos são fundamentais para estabelecer as relações de coesão entre partes de um enunciado. Observe os pronomes relativos qual e que destacados no primeiro parágrafo do texto. Cada um desses pronomes está associado a que referentes?
2 – O pronome relativo cujo (e seus derivados) é usado entre dois substantivos, estabelecendo entre eles uma ideia de posse e, sintaticamente, exerce a função de adjunto adnominal. Como exemplo, temos: Eles discutirão um problema, cujas causas são complexas (cujas causas = causas do problema). Observe o pronome cujo no primeiro parágrafo, diga quais termos ele faz referência e realize a transformação conforme a que foi feita entre parênteses no exemplo citado.
3 – Leia o seguinte parágrafo do texto: “Este processo, contudo, parece também ter tido como resultado a pluralidade de religiões, culturas e identidades, cuja convivência exige - como nunca antes - tolerância, reconhecimento e, além disso, uma atenção e consideração ao outro, ao diferente.” Sublinhe os substantivos a que o pronome cuja está se referindo.
4 – Observe a frase: “...o português brasileiro está sempre sendo modificado no dia a dia por seus falantes” e responda:
a) A que classe de gramatical pertence a palavra português?
b) As palavras brasileiro e modificado estão se referindo a que palavra na frase? A que classe gramatical pertence essas palavras? Explique por que estão no masculino singular.
5 – Agora, observe a frase: “Palavras nascem, crescem ou se encurtam, se combinam, mudam de sentido e de pronúncia e, um dia, morrem”.
a) Sublinhe todos os verbos.
b) Por que os verbos sublinhados foram empregados na 3ª pessoa do plural?
6 – Na frase “essa estrutura pode resistir ao tempo”, há uma locução verbal (pode resistir), cujo verbo principal (resistir) é transitivo indireto. Indique o complemento.
Respostas
Resposta:
Esqueceu do texto
Contemporaneidade: Fragmentação social, individualismo e reconhecimento do
outro
O cenário social contemporâneo, cujo surgimento foi por muitos explicado a
partir do processo de fragmentação religiosa e cultural, é também muitas vezes
descrito como um cenário no qual reina um egoísmo desenfreado, um individualismo
amoral no qual o outro perde seu sentido assim que deixa de ser útil para o "Eu". Este
cenário é contraposto, com certo saudosismo, a contextos sociais mais antigos,
marcados por relações pessoais mais fortes e por uma solidariedade vinculante para a
qual a preocupação com o outro seria constitutiva. De acordo com este diagnóstico, as
relações entre as pessoas estariam hoje, principalmente nos grandes centros urbanos,
mais frágeis e superficiais, situação que teria promovido o individualismo e relegado o
Aula 3: Elementos coesivos, concordância e regência
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ideal de altruísmo à situação de ideia fora de lugar. Caberia-nos, assim, aceitar este
individualismo ou voltarmos a um passado no qual as pessoas se preocupam com os
outros.
Contudo, se fragilidade das relações pessoais e das filiações a grupos parece uma
realidade difícil de ser negada, ela parece crescer numa sociedade que não para de
tematizar e problematizar questões de justiça nas quais o outro e a diferença são
centrais. Questões de gênero, raça, igualdade social, diferença e orientação sexual e
ambiental (que explicitam a preocupação por aqueles que estão por nascer)
desempenham um papel cada vez mais importante na sociedade contemporânea, que
- como nunca antes - procuram incluir os outros antes excluídos. Se a unidade religiosa
e cultural, antes resultava numa sociedade vinculante, esta se dava quase que apenas
entre iguais e a um preço alto; necessidade de filiação e pouca liberdade pessoal. O
processo de desenvolvimento pessoal levou, sem dúvida, a uma fragmentação e à
individualização, já que o indivíduo não tem mais identidade definida. Este processo,
contudo, parece também ter tido como resultado a pluralidade de religiões, culturas e
identidades, cuja convivência exige - como nunca antes - tolerância, reconhecimento
e, além disso, uma atenção e consideração ao outro, ao diferente. Com a
fragmentação surge o individualismo que gera não só egoísmo, mas a pluralidade e,
com ela, a possibilidade de escolhas livres e autônomas da personalidade num
contexto democrático.
GUIA DO ESTUDANTE. Redação Vestibular + Enem. São Paulo: Editora Abril, 2013. p. 76 (com as
correções).
Observe os vocábulos em negrito. Eles compõem a classe gramatical dos
pronomes. São chamados de pronomes relativos, cuja finalidade é ligar duas orações,
e a oração que eles iniciam são chamadas de orações subordinadas adjetivas. Nessas
orações, o pronome relativo recupera o elemento ao qual se refere na oração anterior.
Assim, o pronome relativo, em geral, tem como antecedente um substantivo ou um
pronome qualquer.