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1. A 'culpa' é dos hormônios
A ideia de culpa, por si só, já dá a entender que a adolescência é uma época ruim, potencializando o mito. Em seu livro "O cérebro adolescente", o psiquiatra americano Daniel Siegel lembra que um dos mais difundidos mitos é o de que "hormônios em fúria fazem com que jovens enlouqueçam ou percam a cabeça". Segundo ele, é um mito que os adolescentes estejam indefesos diante de hormônios que tomam as rédeas de seu comportamento. Estudos já comprovaram que, apesar de os hormônios de fato terem produção aumentada nessa época da vida, é a remodelação do cérebro, com eliminação de neurônios e circuitos que já não são mais úteis e ativação de novos circuitos, que determina as mudanças comportamentais na adolescência.
. Adolescente é aberto e flexível
A terapeuta de família Gisele Aleluia explica que, por uma questão geracional, à primeira vista, eles podem parecer mais modernos do que a geração anterior. Mas, por estarem formando suas identidades, tendem a ser extremamente rígidos na sua "modernidade".
— Se são ateus, tendem a ser radicais, de esquerda, idem, ou de direita. Se unem em guetos e lidam com as diferenças até certo ponto, tendo dificuldade em negociar pontos de vista. Por isso, o papel do adulto é fundamental para ajudar o adolescente a ponderar e pensar. A refletir e flexibilizar. A perdoar, por exemplo, ou a se afastar de uma situação tóxica — diz
3. Adolescente é rebelde
Outro mito, garante Gisele Aleluia. O adolescente está construindo a sua identidade e pode não corresponder àquilo que você espera dele. E o que você chama de rebeldia pode ser apenas uma expectativa frustrada em relação ao outro. Na adolescência, preparação para o mundo adulto, a contestação passa a fazer parte da dinâmica familiar.
— Não é só o adolescente que é rebelde e contesta na família. Eu, por exemplo, desde a adolescência, adoro heavy metal. Quando meu pai passava e ouvia aquela música, fazia uma cara de quem não estava gostando. Ele achava que eu estava sendo rebelde, mas ele também estava sendo intolerante. Era um clima de estranhamento entre todos. Só que tendemos a acreditar que o adulto está sempre certo, e o bode expiatório é o adolescente — diz Gisele
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