• Matéria: Português
  • Autor: isaribeirox
  • Perguntado 5 anos atrás

4. O texto abaixo é fragmento de uma resenha. Leio-o com atenção e responda a questão a seguir.

Embora no papel a premissa de “O Concurso” pareça próxima demais de “Se Beber, Não Case!” - quatro caras numa noite de perda total às vésperas de um grande compromisso - a comédia escrita por Leonardo Levis e L. G. Tubaldini Jr. é inconfundivelmente brasileira, naquilo que herda das chanchadas: o deboche com as instituições, o humor sexual e, principalmente, uma disposição sincera de traduzir o Brasil do seu tempo.
Já na seleção dos candidatos, percebe-se que o filme fará esse retrato a partir do escracho: um nerd caipira do interior de São Paulo (Rodrigo Pandolfo), um gay enrustido de Pelotas (Fábio Porchat), um pai de família religioso do Ceará (Anderson Di Rizzi) e um malandro carioca (Danton Mello) são finalistas para o concorridíssimo concurso público de juiz federal. As situações cômicas em que eles se envolvem na véspera da prova final, no Rio de Janeiro, servem para jogar com esses estereótipos.
Se as piadas de “O Concurso” funcionam ou não dentro dessa proposta, já é outra questão. Muitas situações cômicas são mal estabelecidas (um personagem come maconha numa cena e nada acontece) e mal encenadas (a câmera parece capaz de percorrer só uns cinco metros numa cena de ação) e o diretor estreante Pedro Vasconcellos tem dificuldade em dar agilidade a essas situações - o que mata o timing de humor que Porchat e Mello haviam exibido bem em “Vai que Dá Certo”.
O que fica, ao fim, é o risco de ser condescendente com “O Concurso”, porque, embora os planos sejam pensados para significar algo (a profusão de bandeiras do Brasil no final, por exemplo), a ação e o humor não acompanham. E se era pra fazer piadas de anão e de gostosa, que elas pelo menos fossem boas.

De acordo com o autor da resenha, quais os principais pontos fracos do filme “O concurso”?​

Respostas

respondido por: geraldobotao
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Resposta:

De acordo com o que está informado na resenha referida, o autor, ainda que se considere sua interpretação pessoal, aponta com muita clareza as deficiências na produção do filme "O Concurso".

O resenhista elencou os seguintes (e principais) pontos frágeis, com plena convicção:

1. Na linha de humor proposta pelo filme, muitas situações cômicas previstas apresentaram falhas de concepção e de execução técnica  ("a câmera parece capaz de percorrer só uns cinco metros numa cena de ação");

2.  Tais situações não foram resolvidas pelo "diretor estreante Pedro Vasconcellos", o que afetou diretamente o desempenho e "timing de humor" dos atores envolvidos;

3.  O autor registrou, também, o risco de dar crédito ou voto de confiança ao projeto -- pensado para dar significação a ideias específicas do roteiro --, vez que a ação e o humor observados "não acompanham" (ou não convencem) aquilo que foi proposto;

4. O escritor da resenha, por fim, põe dúvidas sobre a qualidade e coerência do contéudo humorístico. No trecho "E se era pra fazer piadas de anão e de gostosa, que elas pelo menos fossem boas", isso ficou bem evidenciado.


almirlucas27: resume aí prfv só tem 3 linhas pra escrever
samuelmilagres2018: de verdade bro
jandersonalmeidaXxx: Ainda
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