• Matéria: Português
  • Autor: genifernogueira306
  • Perguntado 5 anos atrás

• Fazer a leitura e análise de uma reportagem

ENTRANDO NO TEMA

Segundo dados do IBGE, apresentados em agosto de 2018, 25,8% do total de

jovens na faixa entre 16 e 29 anos, em 2017, não estudam nem trabalham.

a. Você conhece algum jovem, nessa faixa etária, que não estuda nem

trabalha? Se sim, porque isso acontece?

b. Numa análise inicial, que fatores são responsáveis por não estudarem

ou trabalharem?

Vamos ler a reportagem a seguir sobre as causas deste fenômeno social

Jovens que não estudam nem trabalham: escolha ou falta de opções?

Novo estudo ouve brasileiros fora da escola e do mercado de trabalho e conclui

que eles estão presos em barreiras relacionadas à pobreza e ao gênero

MARIANA KAIPPER CERATTI

Brasília - 17 MAR 2018 - 21:38 BRT

No Brasil, 11 milhões de jovens, quase um quarto da população entre 15 e 29

anos, não estudam nem trabalham. Em um país cuja força de trabalho está

ficando mais velha e começará a diminuir em 2035, um diálogo como esse soa

preocupante.

Para jogar luz sobre os jovens que não estudam nem trabalham,

pesquisadores do Banco Mundial fizeram 77 entrevistas qualitativas (como a

acima) com jovens pernambucanos de 18 a 25 anos, moradores tanto de zonas

urbanas quanto das rurais. O resultado é o estudo Se já é difícil, imagina para

mim..., lançado nesta semana, no Rio de Janeiro. Segundo a autora, Miriam

Müller, é preciso desconstruir o termo “nem-nem”, que não reflete as muitas

diferenças entre esses jovens e joga sobre eles um enorme estigma.
“A culpa não é dos jovens. O estudo mostra que algumas condições

relacionadas à pobreza e ao gênero produzem um conjunto de barreiras

difíceis de superar. Essas limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se

veem afetadas na capacidade de imaginar seus futuros,perseverar e ter

resiliência”, avalia a cientista social alemã.

O fenômeno dos jovens fora da escola e do mercado de trabalho não é

exclusividade brasileira: o documento lembra que ele persiste na América

Latina e no Caribe, com consequências desafiadoras.Trabalhos anteriores

feitos na região sugerem, por exemplo, que o problema pode ameaçar a

produtividade e o crescimento econômico a longo prazo.

Além disso, como 66% dos nem-nens latino-americanos e caribenhos são

mulheres, o tema também pode contribuir para uma transmissão

intergeracional da desigualdade de gênero.

Discriminação e falta de apoio

Os jovens brasileiros considerados “nem-nens” ou “desengajados” têm diversas

razões para estar assim. A primeira delas é o que as autoraschamam de

barreiras àmotivação interna, ou seja, falta de aspiração ou predisposição para

voltar aos estudos ou ao trabalho. Nesse perfil, encontram-se principalmente as

mulheres casadas e com filhos pequenos (...).

No segundo grupo, estão aqueles que expressaram motivação para voltar a

trabalhar ou estudar, mas não tomaram uma providência porque lhes faltam as

ferramentas necessárias para realizar essa aspiração. Embora muitos dos

entrevistados tenham se inscrito no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)

ou enviado currículos, não deram continuidade a esses esforços. Por último, o

estudo conta a história de jovens que, embora tenham se esforçado para

estudar ou trabalhar,desistiram por causa de barreiras externas.

Entre elas, os desafios de conciliar emprego e sala de aula, poucos recursos

financeiros ou qualificação, falta de transporte público seguro para se

locomover entre uma atividade e outra, e a crise econômica do país.

Muito além dos cursos técnicos

Depois de ouvir esses jovens, suas frustrações e necessidades, as

pesquisadoras fizeram uma série de recomendações de políticas públicas

para fortalecer acapacidade dos jovens de aspirarem a objetivos, criar e levar

adiante seus projetos de vida.(...).

DESAFIO

1. Que fato originou a reportagem?

2. O estudo “Se já é difícil, imagina pra mim...” faz análise do presente,

mas com a projeção para o futuro, caso alguma medida não seja tomada

para resolver a situação. Responda:

3. Por que o Banco Mundial considerou o número de jovens que não

estuda, nem trabalha como um problema que pode impactar o país?

4. Este fenômeno é apenas brasileiro? Explique.

5. Qual a questão controversa no texto discutida no estudo? Qual tese é

defendida pelos pesquisadores?

6. Quais são as causas deste fenômeno?

7. Por que o problema atinge mais mulheres? O que esse problema

pode acarretar em longo prazo?

8. O que significa “nem-nem” e porque o termo pode refletir

preconceito?​

Respostas

respondido por: letticia7389
5

Resposta:

não ta dando para enteder nada

me descupa pfv

Explicação:


genifernogueira306: tá sim
alvesrosicleia24: eca
respondido por: luacelesteuchila
2

Que fato originou a reportagem?

O resultado do estudo Se já é difícil, imagina para mim..., de Miriam Muller, pesquisadora do Banco Mundial. Esse estudo, lançado em março de 2018, no Rio de Janeiro, aponta as causas de quase um quarto da população, entre 18 e 29 anos, não estudar nem trabalhar.

– O estudo Se já é difícil, imagina para mim... faz análise do presente, mas com projeção para o futuro, caso alguma medida não seja tomada para resolver essa situação. Responda:

a) Por que o Banco Mundial considerou o grande percentual de jovens que não trabalham nem estudam como um problema que pode impactar todo o país?

O problema pode ameaçar a produtividade e o crescimento econômico do país a longo prazo, visto que em 2035 a população brasileira será formada de pessoas idosas.

b) Esse fenômeno é apenas brasileiro? Explique.

De acordo com o Banco Mundial, esse fenômeno ocorre em toda a América Latina e no Caribe, em especial com as mulheres jovens, que são 66% do total.

c) Qual é a questão controversa discutida no estudo? Qual tese é defendida pelos pesquisadores?

A questão controversa é se os jovens não estudam nem trabalham por escolha ou falta de oportunidade; a tese é que esse fenômeno ocorre por falta de oportunidade para esses jovens.

– Releia o depoimento de Miriam Muller, autora do estudo, e responda:

“[...] Segundo a autora, Miriam Müller, é preciso desconstruir o termo “nem-nem”, que não reflete as muitas diferenças entre esses jovens e joga sobre eles um enorme estigma.”

“A culpa não é dos jovens. O estudo mostra que algumas condições relacionadas à pobreza e ao gênero produzem um conjunto de barreiras difíceis de superar. Essas limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se veem afetadas na capacidade de imaginar seus futuros, perseverar e ter resiliência”, avalia a cientista social alemã.

a) De acordo com a autora do estudo, quais são as causas desse fenômeno?

Os pesquisadores defendem que se trata de falta de oportunidade, causada pelas desigualdades econômicas e de gênero, que produzem barreiras internas e externas difíceis de superar.

b) Por que esse problema atinge mais as mulheres? O que esse problema pode acarretar à sociedade em longo prazo?

“Essas limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se veem afetadas na capacidade de imaginar seus futuros, perseverar e ter resiliência”. O que, em longo prazo, pode possibilitar a transmissão dessa falta de perspectiva às gerações futuras e aumentar a desigualdade de gênero.

c) O que significa o termo “nem-nem”? Por que o termo “nem-nem” pode refletir preconceito em relação a esses jovens?

Os jovens brasileiros considerados “nem-nens” ou “desengajados”. Porque não reflete a diferença que há entre esses jovens, as condições sócio-históricas e econômicas e as várias formas de discriminação a que estão expostas. Segundo a pesquisadora, essa expressão estigmatiza os jovens, dificultando mais ainda a visualização de perspectivas.

d) Você concorda ou discorda da pesquisadora? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

05 –

a)

As mulheres jovens acabam sendo responsabilizadas sozinhas pelo cuidado dos filhos, o que dificulta sua permanência na escola ou no trabalho. Resposta pessoal do aluno.

b) A falta de contato com pessoas cujas carreiras fossem bem-sucedidas, bem como a falta de apoio da escola fizeram com que alguns jovens se desanimassem diante de aspirações que, segundo eles, achavam impossíveis de realização.

c) Embora tenham se esforçado para estudar ou trabalhar, desistiram pelo desafio de conciliar emprego e sala de aula, poucos recursos financeiros ou qualificação, falta de transporte público seguro para se locomover entre uma atividade e outra e a crise econômica do país.

d) Resposta pessoal do aluno.

05 – :a) Segundo as autoras, provavelmente é insuficiente aumentar a oferta de cursos técnicos se isso não estiver associado a promoção das aspirações relacionadas a trabalho e educação, principalmente entre as mulheres.

b)

Facilitar o acesso a informações sobre oportunidades e de que maneira elas podem concretamente mudar suas vidas; incutir um sentimento de pertencimento e preparação entre os jovens que sentem que as oportunidades disponíveis não são para eles; oferecer programas de apoio ou de mentoria para ajudar esses jovens a lidar com as dificuldades associadas ao cumprimento de objetivos.

c) Resposta pessoal do aluno.

06 – Porque muitas das mulheres entrevistadas não conseguem imaginar uma vida em outro papel que não seja de cuidadora. Além disso, essas aspirações podem ser transmitidas para outras gerações.

07 – No campo, ainda é preciso conscientizar sobre possibilidades de trabalho além da agricultura e conectar os jovens a oportunidades, garantindo mobilidade a preços acessíveis entre a área rural e os centros urbanos.

08 Resposta pessoal do aluno.

Perguntas similares