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Os incêndios estão relacionadas à demanda por novas atividades. Pense na seguinte situação: um produtor rural na Amazônia quer desenvolver uma nova atividade porque não consegue obter receita suficiente da produção madeireira. Porém, ele não tem a qualificação técnica para fazer um manejo sustentável e não consegue as licenças necessárias.
Para desempenhar essa nova atividade, ele promove o desmatamento de certas áreas, a queimada e a comercialização ilegal da madeira, com o objetivo de dar um novo uso para a terra.
Todas essas variáveis estão relacionadas a progresso e por isso é tão necessário encontrar uma balança para não haver tanta perda.
É óbvio que existem épocas em que a quantidade de chuva é menor e as condições climáticas favorecem a secura. Também existem áreas com fisionomias e microclimas que podem favorecer ou não os incêndios: árvores mais esparsas umas das outras, temperatura diferente, etc.
Porém, como podemos observar nas plataformas utilizadas para acompanhar os focos de incêndio (como o INPE), os incêndios têm ocorrido majoritariamente em regiões que já possuem um histórico de queimadas causadas pela ação humana e outras práticas de desmatamento. Isso nos aponta que a maior parte do desmatamento na Amazônia observado nos últimos tempos não possui causa natural.
Portanto, podemos dizer que a estação seca favorece as queimadas, mas a origem desses focos de incêndio, na grande maioria, são antrópicas. O tempo seco ajuda o fogo a se alastrar, e não necessariamente a começar.