• Matéria: Filosofia
  • Autor: ceciliaveca
  • Perguntado 5 anos atrás

O que Hegel entende por paixão?

Respostas

respondido por: yasminsilvaemail
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Resposta:

Os sentimentos da nova geração parecem ser um misto de corações que palpitam com a mudança, mas com a angústia e o tédio de um mundo gris hipermoderno. Os últimos anos foram momentos de acelerada transformação social e política no mundo. Desfizeram-se ditaduras, burocracias, estabilidades. A sociedade começou a enterrar o dogma neoliberal do “eterno retorno” da sociedade capitalista, sua eterna reprodução...de que a vida vai ser assim.

Ressurge efervescente um ambiente ideológico novo, de ideias, ideologias, de poesia, de anseio pelo futuro. As lições do passado, que antes pareciam que estavam escondidas, começam a irromper como um vulcão. O comunismo parecia dormir apenas para despertar com mais vigor, mais força, com novos sonhos. No entanto, o peso do fantasma dos mortos pesa sobre o cérebro dos vivos (Marx) e todo tipo de resquício da psicologia neoliberal se mantém com força. Aquele monstro “mais feio, mais iníquo, mais imundo”, o tédio que descrevia Baudelaire, parece confundir a todo momento a psicologia dos novos protagonistas e atores do novo mundo pós crise econômica de 2008. As vezes parece apenas que falta um sentido, que falta paixão.

É preciso se apaixonar! No entanto, a paixão na história da filosofia apareceu como um termo mais ou menos ruim: os homens e mulheres não devem ter paixão. Esta aparecia oposta a capacidade racional dos humanos. “Conter as paixões” era sinônimo de evoluir racionalmente. Na política, Hobbes foi um dos grandes expoentes em ligar as paixões à necessidade de um ente superior (o Estado), um Leviatã, que controlasse as paixões humanas, se colocasse acima delas, organizasse a sociedade em outra lógica. E depois os iluministas ligaram as leis ou a própria moral, como artifícios racionais de desenvolvimento social.

Em nosso tempo, podemos dizer que uma das grandes misérias do capitalismo contemporâneo é buscar incutir a ideia de que os homens e mulheres não devem ter paixões; ou, o contrário para dizer o mesmo, canalizar os impulsos revolucionários das pessoas ao redor da mísera ideologia de “felicidade” na patriarcal família, na submissão no trabalho e, por fim, na redenção pelo consumismo, pela sempre repetitiva pulsão de criar novas necessidades fúteis, consumir para se realizar.

Por isso já no senso comum cultural é um dado que os impulsos mais apaixonantes da juventude, seu anseio de mudança, sua gana de querer transformar o mundo são motivo de chacota da ideologia dominante. O jovem rebelde é só um jovem, ou seja, um adjetivo pejorativo, pois é um idealista e não um conformado com o mundo como ele é. Como sintetiza lapidarmente o provérbio: “ser de esquerda com menos de 30 é uma necessidade, com mais de 30 é uma tolice”. Por isso, amadurecer é sinônimo de “se conformar”, para essa visão.

Explicação:

[*] atualizado em 18/01/2016


yasminsilvaemail: Ta meio grande mais é tudo oque precisa
yasminsilvaemail: espero ter ajudado
respondido por: anajuliaalves36
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Resposta:

Paixão. Em seu sentido atual, paixão é uma inclinação predominante, fixada num hábito. Assemelha-se à inclinação, não sendo, porém, idêntica, pois, enquanto a inclinação tem algo de instintivo e inato, a paixão adquire sua intensidade através do comportamento do indivíduo e do caráter passageiro de uma crise. (1)

No sentido primitivo, uma das dez categorias de Aristóteles, que designa o fato de sofrer a ação de um agente exterior. No século XVII, as "paixões da alma" reúnem todos os estados em que a alma passa por modificações - determinadas segundo os cartesianos pelos "espíritos animais" (prazer, dor, etc.): boas na medida em que dispõe a alma a querer o que é bom para ela, só pode se tornar ruins se as acompanharmos com excesso. A condenação da paixão, de origem cristã (os moralistas gregos querem mais avaliar seus efeitos do que suprimi-los), e particularmente nítida em Kant, que nela vê uma vitória do puro sensível sobre o racional. Ao contrário, o romantismo, por intermédio de sua diversidade, vai exaltá-la de forma durável: é o móvel da atividade de Fourier, a vontade de poder de Nietzsche ou antes deles, a "malícia da razão" para Hegel. Do ponto de vista psicológico, distingue-se a paixão da simples emoção por sua duração, sua amplitude e sua capacidade de dominar a vida intelectual a ponto de ser percebida como um elemento do destino.

espero ter ajudado

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