• Matéria: Português
  • Autor: silvanodaradio2364
  • Perguntado 5 anos atrás

Na crônica de Carlos Heitor Cony, reproduzida a seguir, deixamos alguns espaços em branco. Durante a leitura,

formule hipóteses sobre as palavras suprimidas e anote-as na coluna pautada, à direita. Depois o professor fornecerá

as que o autor utilizou para que você complete os espaços e avalie suas hipóteses.



Estojo escolar

1 Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns ___________________ oferecen-

do ___________________ eletrônicas. Bastava telefonar, e eu receberia o notebook capaz de

(subst.)

(subst.)

me ajudar a fabricar um navio, uma ___________________ nuclear, uma estação espacial.

2 Minhas necessidades são mais ___________________: tenho um PC ___________________,

contemporâneo das cavernas da informática. E um notebook da mesma época que começa

a me deixar na mão. Como pretendo viajar esses dias, habilitei-me a ___________________

aquilo que os caras ________________

Respostas

respondido por: daavi77798
8

Resposta:

Estojo escolar

CARLOS HEITOR CONY

Rio de Janeiro - Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas eletrônicas, bastava telefonar e eu receberia um notebook capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estação espacial.

Minhas necessidades são mais modestas: tenho um PC mastodôntico, contemporâneo das cavernas da informática. E um laptop da mesma época que começa a me deixar na mão. Como pretendo viajar esses dias, habilitei-me a comprar aquilo que os caras anunciavam como o top do top em matéria de computador portátil.

No sábado, recebi um embrulho complicado que necessitava de um manual de instruções para ser aberto. Depois de mil operações sofisticadas para minhas limitações, retirei das entranhas de isopor o novo notebook e coloquei-o em cima da mesa. De repente, como vem acontecendo nos últimos tempos, houve um corte na memória e vi diante de mim o meu primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o jardim de infância.

Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma tampa que corria nas bordas do corpo principal. Dentro, arrumados em divisões, havia lápis coloridos, um apontador, uma lapiseira cromada, uma régua de 20 cm e uma borracha para apagar meus erros.

Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que nunca esqueci e que me tonteava de prazer. Fechei o estojo para proteger aquele cheiro, que ele ficasse ali para sempre, prometi-me economizá-lo. Com avareza, só o cheirava em momentos especiais.

Na tampa que protegia estojo e cheiro havia gravado um ramo de rosas muito vermelhas que se destacavam do fundo creme. Amei aquele ramalhete -olhava aquelas rosas e achava que nada podia ser mais bonito.

O notebook que agora abro é negro, não tem rosas na tampa e, em matéria de cheiro, é abominável. Cheira vilmente a telefone celular, a cabine de avião, ao aparelho de ultra-sonografia onde outro dia uma moça veio ver como sou por dentro. Acho que piorei de estojo e de vida.

Explicação:

Esse é o texto completo só vc ir lendo e comprando

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