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Resposta:
Desde antes da chegada dos colonizadores, o Piauí era povoado por cerca de dezessete diferentes etnias indígenas, que antes mesmo da vinda de portugueses ao Brasil já travavam relações com outros grupos não indígenas. Dentre as etnias indígenas destacam-se os Acroás, Anapurus, Araiozes, Aranhis, Aruás, Cariris, Guanarés, Gueguês, Jaicozes, Pimenteiras, Potiguaras, Potis, Tabajaras, Tacarijus, Timbiras, Tremembés e Xerentes. A exploração do Piauí aconteceu devido a presença de bandeirantes, como Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Mafrense, que tornaram-se proprietários de amplas terras no Piauí. Posteriormente, o Piauí tornaria-se uma Capitania em 1758, com a capital em Oeiras, embora a sociedade piauiense não tenha mudado muito com a elevação à condição de Capitania, o território piauiense ainda era dominado pelas fazendas de gado, e havia poucas vilas. Com a Independência e o Império do Brasil, o Piauí passou a ser governado por oligarquias rurais, que continuariam a governar até o início da República.
O Piauí na segunda metade do século XX, passou a crescer economicamente, principalmente Teresina, que recebeu muitos investimentos estrangeiros e nacionais (vindos principalmente do Sudeste e também do Sul do Brasil).
Índice
1 Era Pré Colonial
2 Era Colonial (1650-1822)
2.1 Doação de Sesmarias
2.2 Processo de Ocupação
2.3 Emancipação Política
3 Era Imperial (1823-1889)
3.1 Batalha do Jenipapo
3.2 O Piauí na Confederação do Equador
3.3 A Balaiada (1838-1841)
3.4 Transferência da Capital
3.5 Movimentos Abolicionistas no Piauí
4 Era Republicana (1889-)
4.1 República Velha
4.2 Era Vargas
4.3 República Populista
4.4 Governo Militar
4.5 Nova República
5 Referências
6 Bibliografia
Era Pré Colonial
Os documentos datados entre 1608 até o século XIX referem-se aos seguintes grupos indígenas em solo piauiense: Acroás, Anapurus, Araiozes, Aranhis, Aruás, Cariris, Guanarés, Gueguês, Jaicós, Pimenteiras, Potiguaras, Potis, Tabajaras, Tacarijus, Timbiras, Tremembés e Xerentes.[1]
Era Colonial (1650-1822)
Em 1701, a Coroa Portuguesa proibiu a criação de gado a menos de 10 léguas do litoral. Duas regiões podem ser consideradas de povoação no sertão: Olinda e Salvador. Olinda, de onde o gado rumava para o interior do Piauí e do Maranhão. A criação de gado atendia aos engenhos de açúcar. Salvador, na Bahia, ia em direção ao vale do rio São Francisco, que teve um importante mercado consumidor, devido à mineração.
Doação de Sesmarias
O Dr. João Paulo de Sousa quem a seu mando a colonização se intensificou durante 1660 a 1670, quando a região se tornou objeto de cobiça por parte de baianos e paulistas. As sesmarias eram doadas por governantes da Bahia, Pernambuco, Pará e Maranhão. Em 1695, o Piauí desmembrou-se administrativamente de Pernambuco, ligando-se ao Maranhão, por determinação régia, a qual vigoraria em 1715. Dessa forma, diversos governantes poderiam doar terras no Piauí, pois a legislação confusa permitia essa prática.
Com as fazendas de gado que Domingos Jorge Velho implantou de forma que a Coroa Portuguesa intensificasse a fiscalização nas fazendas de gado da região.
Processo de Ocupação
Domingos Afonso Mafrense e seu irmão Julião Serra tornaram-se proprietários de muitas terras no Piauí. E também receberam terras Francisco Dias d'Ávila, Pereira Gago (seu irmão) e Domingos Jorge Velho. Estes receberam as terras depois de várias expedições pela região do Piauí.
Os conflitos por terras são intensos. A Coroa Portuguesa, tentando acabar com esses conflitos, em 1774, através de Carta Régia, estabeleceu que as terras doadas por sesmarias deveriam medir 3 léguas, mas, no entanto, isso não deteve a formação de latifúndios. Somente em 1795, através de um alvará do príncipe regente D. João VI, regularizou-se, de certa forma o problema das doações de sesmarias e os abusos cometidos pelos sesmeiros.
Emancipação Política
A Capitania de São José do Piauí, foi criada em 1718, embora só venha a ser instaurada definitivamente em 1758. O seu primeiro governador foi João Pereira Caldas, militar português, Coronel da Cavalaria, que organizou Tropas de Ordenança em 1759, que tinha por objetivo principal perseguir os nativos. O rei determinou que a cidade-sede seria a Vila da Mocha (atual Oeiras), e elevar seis freguesias a condição de vilas: São João da Parnaíba (atual Parnaíba), Parnaguá, Jerumenha, Marvão (atual Castelo do Piauí), Santo Antônio de Campo Maior (atual Campo Maior).
A obra de Pereira Caldas foi imensa: pôs em funcionamento a Secretaria do Governo; a Procuradoria Real da Fazenda; o Almoxarifado; organizou as Forças Regulares da Capitania; dentre outros feitos.
Federação.