Leia o poema a seguir.
Mater dolorosa
Meu Filho, dorme, dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama – o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.
Ai! borboleta, na gentil crisálida,
As asas de ouro vais além abrir.
Ai! rosa branca no matiz tão pálida,
Longe, tão longe vais de mim florir.
Meu filho, dorme
Como ruge o norte
Nas folhas secas do sombrio chão!
Folha dest'alma como dar-te à sorte?
É tredo, horrível o feral tufão!
Não me maldigas...
Num amor sem termo
Bebi a força de matar-te a mim
Viva eu cativa a soluçar num ermo
Filho, sê livre...
Sou feliz assim...
– Ave – te espera da lufada o açoite,
– Estrela – guia-te uma luz falaz.
– Aurora minha – só te aguarda a noite,
– Pobre inocente – já maldito estás.
[...].
O poema é de autoria do poeta, também abolicionista, Castro Alves. Nele, assim como em outras
produções, o poeta destaca a relação entre mãe e filho, muitas vezes destruída pela escravidão. As estrofes
acima metaforizam:
a) a morte da mãe.
b) a morte do filho.
c) o nascimento do filho.
d) o momento em que o filho é vendido.
Respostas
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0
não tenho certeza mais acho que e a letra
b)A morte do filho.
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