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Olá João, bom de maneira bem simplificada. Descartes e Hume são anteriores a Kant. Descartes acreditava que todo conhecimento era fundamentado pela racionalidade humana, para ele os sentidos levavam a juízos falsos e para não cair em enganos o homem necessitava examinar as coisas por meio da razão, para isso o homem deveria fazer uso do método desenvolvido por Descartes e divulgado em sua obra discurso do método.
Hume, por outro lado, era um empirista e acreditava que o conhecimento se funda nas sensações, pois seria por meio delas que o homem encontra certas regularidades e cria hábitos, um exemplo seria: quando a criança coloca a mão no fogo. Inicialmente, a criança não sabe que ao fogo está associada o efeito do calor, mas após a experiência de colocar sua mão sob o fogo, a criança tem a impressão do calor e o fixa como ideia, de maneira que em uma próxima ocasião, ela reconhece que ao fogo está associada a sensação de calor, sem colocar a mão sob ele.
Pois bem, quanto a Kant, ele em sua obra Crítica da razão pura mostra que tanto Descartes quanto Hume estavam parcialmente certos, porque ele acredita que não se pode afirmar que o conhecimento é somente racional ou somente experimental. Kant, pensa que trata-se de ambas as coisas e por isso fala de conhecimentos a priori e a posteriori. Sendo que, os a priori são aqueles que não dependem da experiência e podem ser universalizados, por exemplo: os enunciados da matemática, como: todo triângulo tem três lados e etc. Enquanto que os a posteriori são conhecimentos que dependem da experiência e por isso, não podem ser universalizados. Por exemplo: A água ferve a 100°C, para saber isso, um cientísta necessitou fazer uma experimentação, mas essa afirmação não é fixa, pois fora do nível do mar o ponto de ebulição da água diminui, ou seja, não é 100°C. Logo, os conhecimentos a posteriori não são universais.