Respostas
respondido por:
3
Ao ler a introdução do livro, achei que este livro de contos se destinava ao público infantil. Grande engano. Embora tenha sido escrito em diferentes fases do autor Mia Couto, ele vai numa mistura de sentimentos, ações e momentos que fazem o leitor viajar pelas páginas de forma rápida e curiosa.
O primeiro conto inicia lúdico, onde o triângulo do pequeno pastor Azarias, os bois e bombas escondidas, são o pano de fundo para um tio egoísta e explorador. A segunda histórica começa com a história de uma mulher corcunda contata por um menino, que ao tentar imaginar o passado da pobre acaba se deparando com o inimaginável.
A menina sem palavras possui a delicadeza citada na introdução, algo que leva o leitor mar adentro, podendo deixa-lo mudo também. Em contrapartida O Apocalipse Privado do Tio Geguê me fez pensar em uma versão africana da música Faroeste Caboclo da Legião Urbana.
Mas se teve um que me deixou agoniada foi O Embondeiro Que Sonhava Pássaros, só de relembra-lo para escrever a resenha me deu um calafrio, um conto sobre o preconceito e ações impensadas, onde o radicalismo de uma opinião pode cobrar um preço alto demais.
Para aliviar a minha tristeza no conto anterior, veio As Baleias de Quissico, ao qual ouso resumir como a história de um sonhador. E a lúdica O Não Desaparecimento de Maria Sombrinha nos deixa sem ação em relação à família pobre e sua filha que regride.
A menina, as aves e o sangue podem causar estranhamento e talvez diversos entendimentos sobre a menina cujo coração para de bater. Em compensação A Filha da Solidão insere um pouco de risada em relação ao casal de portugueses e sua superprotegida Meninita.
O simbolismo encontra o seu representante mais forte no conto O Coração do Menino e o Menino do Coração, onde o amor pode ser transmitido por cartas e surpreender os mais descrentes.
Triste é o destino imposto pelo pai de Filomeninha em A Menina de Futuro Torcido. O desejo de que os filhos tornem os pais milionários sem avaliar o bem de quem só deveria se esperar a felicidade pode ser chocante ou esclarecedor. Para aliviar a vida do leitor, voltamos à comédia com Sapatos de Tacão Alto e a paixão de um menino por uma mulher misteriosa.
Respeito, Vida e Morte estão em Nas Águas do Tempo e o Rio das Quatro Luzes, através dos ensinamentos dos avós aos seus netos. Já a ironia está em O Nome Gordo de Isidorangela, a moça que ninguém tirava para dançar.
O ciúme familiar está em O Adiado Avô, onde Zedmundo se nega a conhecer o próprio neto e a festejar com os demais familiares. E tudo é finalizado por Inundação, uma história bonita que fecha este livro de contos com certa melancolia.
Segundo livro que leio do escritor Mia Couto, que me fez ficar ainda mais encantada por ele. Sua narrativa clara nos puxa pela mão, nos deixando muito próximos aos seus personagens. Fica a dica para quem procurava uma leitura para as férias de verão.
O primeiro conto inicia lúdico, onde o triângulo do pequeno pastor Azarias, os bois e bombas escondidas, são o pano de fundo para um tio egoísta e explorador. A segunda histórica começa com a história de uma mulher corcunda contata por um menino, que ao tentar imaginar o passado da pobre acaba se deparando com o inimaginável.
A menina sem palavras possui a delicadeza citada na introdução, algo que leva o leitor mar adentro, podendo deixa-lo mudo também. Em contrapartida O Apocalipse Privado do Tio Geguê me fez pensar em uma versão africana da música Faroeste Caboclo da Legião Urbana.
Mas se teve um que me deixou agoniada foi O Embondeiro Que Sonhava Pássaros, só de relembra-lo para escrever a resenha me deu um calafrio, um conto sobre o preconceito e ações impensadas, onde o radicalismo de uma opinião pode cobrar um preço alto demais.
Para aliviar a minha tristeza no conto anterior, veio As Baleias de Quissico, ao qual ouso resumir como a história de um sonhador. E a lúdica O Não Desaparecimento de Maria Sombrinha nos deixa sem ação em relação à família pobre e sua filha que regride.
A menina, as aves e o sangue podem causar estranhamento e talvez diversos entendimentos sobre a menina cujo coração para de bater. Em compensação A Filha da Solidão insere um pouco de risada em relação ao casal de portugueses e sua superprotegida Meninita.
O simbolismo encontra o seu representante mais forte no conto O Coração do Menino e o Menino do Coração, onde o amor pode ser transmitido por cartas e surpreender os mais descrentes.
Triste é o destino imposto pelo pai de Filomeninha em A Menina de Futuro Torcido. O desejo de que os filhos tornem os pais milionários sem avaliar o bem de quem só deveria se esperar a felicidade pode ser chocante ou esclarecedor. Para aliviar a vida do leitor, voltamos à comédia com Sapatos de Tacão Alto e a paixão de um menino por uma mulher misteriosa.
Respeito, Vida e Morte estão em Nas Águas do Tempo e o Rio das Quatro Luzes, através dos ensinamentos dos avós aos seus netos. Já a ironia está em O Nome Gordo de Isidorangela, a moça que ninguém tirava para dançar.
O ciúme familiar está em O Adiado Avô, onde Zedmundo se nega a conhecer o próprio neto e a festejar com os demais familiares. E tudo é finalizado por Inundação, uma história bonita que fecha este livro de contos com certa melancolia.
Segundo livro que leio do escritor Mia Couto, que me fez ficar ainda mais encantada por ele. Sua narrativa clara nos puxa pela mão, nos deixando muito próximos aos seus personagens. Fica a dica para quem procurava uma leitura para as férias de verão.
becarm:
muitoo obgd
Perguntas similares
7 anos atrás
7 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás