• Matéria: Lógica
  • Autor: jubileu724
  • Perguntado 5 anos atrás

Leia a crônica:

Vocações
Todos diziam que a Leninha, quando crescesse, ia ser
médica. Passava horas brincando de médico com as
bonecas. Só que, ao contrário de outras crianças, quando
largou as bonecas não perdeu a mania. A primeira vez que
tocou no rosto do namorado foi para ver se estava com
febre. Só na segunda é que foi carinho. Ia porque ia ser
médica. Só tinha uma coisa. Não podia ver sangue.
— Mas, Leninha, como é que…
— Deixa que eu me arranjo.
Não é que ela tivesse nojo de sangue. Desmaiava. Não
podia ver carne malpassada. Ou ketchup. Um
arranhãozinho era o bastante para derrubá-la. Se o
arranhão fosse em outra pessoa ela corria para socorrê-la
— era o instinto médico —, mas botava o curativo com o
rosto virado.
— Acertei? Acertei?
— Acertou o joelho. Só que é na outra perna!
Mas fez o vestibular para a medicina, passou e
preparou-se para começar o curso.
— E as aulas de anatomia, Leninha? Os cadáveres?
— Deixa que eu me arranjo.
Fez um trato com a Olga, colega desde o secundário.
Quando abrissem um cadáver, fecharia os olhos. A Olga
descreveria tudo para ela.
— Agora estão tirando o fígado. Tem uma cor meio…
— Por favor. Sem detalhes.
Conseguiu fazer todo o curso de medicina sem ver
uma gota de sangue. Houve momentos em que precisou
explicar os olhos fechados.
— É concentração, professor.
Mas se formou. Hoje é médica, de sucesso. Não na
cirurgia, claro. Se bem que chegou a pensar em convidar a
Olga para fazerem uma dupla cirúrgica, ela operando com
o rosto virado e a Olga dando as coordenadas.
— Mais para a esquerda… Aí. Agora corta!
Está feliz. Inclusive se casou, pois encontrou uma alma
gêmea. Foi num aeroporto. No bar onde foi tomar um
cafezinho enquanto esperava a chamada para o embarque
puxou conversa com um homem que parecia muito
nervoso.
— Algum problema? — perguntou, pronta para
medicá-lo.
— Não — tentou sorrir o homem. — É o avião…
— Você tem medo de voar?
— Pavor. Sempre tive.
— Então por que voa?
— Na minha profissão, é preciso.
— Qual é a sua profissão?
— Piloto.
Casaram-se uma semana depois.



Responda com atenção às questões a seguir:

9. Por que podemos dizer que Leninha e seu marido “foram feitos um para o outro”?
10. Na passagem, “... pronta para medicá-lo”, a
expressão destacada refere-se a quem?


11. As frases “Não é que ela tivesse nojo de sangue.”
e “Desmaiava.” guardam uma relação entre si.
Reescreva o trecho unindo as duas sentenças.


12. Considere o trecho “Se o arranhão fosse em outra
pessoa ela corria para socorrê-la...”. A parte
destacada retoma qual palavra do texto?



13. Retire do texto duas frases exclamativas e
transcreva-as. Leia-as atentamente e responda:
a) A colocação de ponto de exclamação nas duas
frases tem a mesma intenção? Qual é a diferença?
Descreva.


14. Que adjetivos poderiam ser atribuídos a Leninha?
Determine quatro adjetivos e explique sua escolha
para cada um deles.


15. E você? Como andam suas preocupações com a
escolha de uma carreira? Já analisou sua vocação?
Desenvolva um parágrafo sobre o assunto.

Respostas

respondido por: giRafaa
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Resposta:

9. porque ambos exerciam profissões relacionadas aos seus proprios medos.

10. ao homem.

11.Não é que ela tivesse medo de sangue, mas ao Ve-lo desmaiava.

12. não sei qual está destacado.

13. agora corta! descreve empolgação.

só que na outra perna! explicação

14. Dedicada, pois estudou, se formou. Determinada, porque seguiu em frente apesar do medo. Criativa, pois arrumou uma maneira de fazer oq queria. prestativa, em razão de ajudar os outros sendo médica.

15. resposta pessoal

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