• Matéria: Português
  • Autor: lilianalecsandre
  • Perguntado 5 anos atrás

Leia o trecho do livro Quarto de despejo:
diário de uma favelada, de 1960, da escritora
Carolina Maria de Jesus:
Os meus filhos não são sustentados com pão de igreja. Eu
enfrento qualquer especie de trabalho para mantê-los. E elas, tem
que mendigar e ainda apanhar. Parece tambor. A noite enguan-
elas pede socorto eu tranquilamente no meu barracão ouço val-
sas vienenses. Enquanto os esposos quebra as tabuas do barracão
eu e meus filhos dormimos socegados. Não invejo as mulheres ca-
sadas da favela que levám vida de escravas indianas.
Não casei e não estou descontente. Os que preferiu me eram
soczes e as condições que eles me impunham eram hottiveis.
Tem a Maria José, mais conhecida por Zefa, que reside no
barracão da Rua B numero 9. É uma alcoolatra. Quando está ges-
tante bebe demais. E as crianças nascem e mortem antes dos do
ze meses. Ela odeia-me porque os meus filhos vingam e por eu
ter radio. Um dia ela pediu-me o radio emprestado. Disse-lhe que
não podia emprestar. Que ela não tinha filhos, padia trabalhar e
comprar. Mas, é sabido que pessoas que são dadas do vicio da em-
briagues não compram nada. Nem roupas. Os ebrios não prospe.
ram. Ela as vezes joga agua nos meus filhos. Ela alude que eu não
expanco os meus filhos. Não sou dada a violência. O José Carlos disse:
-Não fique triste mamãe! Nossa Senhora Aparecida ha de
ter dó da senhora. Quando eu crescer eu compro uma casa de tijo-
los para a senhora​

Respostas

respondido por: bezerrapaulina4
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Explicação:

o texto apontar uma historia triste que e realidade de muitas familias

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