Respostas
Resposta:
꧁Início da colonização na África꧂
A colonização da África pelos europeus remonta ao século XV, quando Portugal dominou os primeiros territórios na costa atlântica do continente. Na busca por uma rota para as Índias, os portugueses encontraram ali grande oportunidade de atender a seus anseios mercantilistas.
Após os primeiros contatos, nem sempre amigáveis, com aldeias e reinos africanos, os lusitanos passaram a instalar feitorias no litoral. A partir delas, podiam-se explorar metais preciosos, marfim e produtos agrícolas.
No entanto, foi a mão de obra escrava o carro-chefe da economia portuguesa na África. O tráfico negreiro contava com a participação das elites locais, que trocavam cativos por mercadorias trazidas pelos europeus, como tabaco, aguardente e diversos produtos manufaturados. A princípio, os cativos eram levados para as plantações de açúcar existentes nas ilhas do norte do continente e, em menor escala, para Portugal. A partir do século XVI, porém, o Brasil passou a ser o principal mercado consumidor de escravos.
A intensa exploração da mão de obra desarticulou as economias de vários povos africanos. As rotas comerciais que cortavam o Saara começaram a escassear, pois produtos e escravos tinham outro destino: atender os europeus estabelecidos na costa atlântica. Além disso, alguns grupos tribais se especializaram na busca e captura de cativos, o que não era muito comum anteriormente.
É importante salientar, porém, que a colonização africana se limitou praticamente ao litoral até o final do século XVIII. O mapa do interior da África ainda era bastante nebuloso à época. Isso se deve ao fato de que, durante a Idade Moderna, os interesses europeus se concentraram muito mais na América do que na África.
A situação só começou a mudar no início do século XIX com a gradual conquista da independência das colônias americanas e com a Revolução Industrial. Buscando novas fontes de lucro, grandes empresários europeus, associados às políticas de seus Estados nacionais, passaram a se interessar por aquele continente pouco conhecido.
Desde o final do século XVII surgiram inúmeras expedições de missionários e exploradores em direção ao interior da África. Além disso, grupos de missionários passaram a atuar no continente com o objetivo de converter povos, difundindo o cristianismo. Acrescente-se a isso a ação de exploradores movidos com frequência pelo espírito aventureiro e comercial. Essas expedições serviram para verificar, cada uma à sua maneira, as potencialidades comerciais das várias regiões.
Acabaram também por contribuir para uma corrida entre os países europeus que disputavam domínios e definiam políticas de ocupação efetiva do interior do território africano. A esse processo exploratório capitalista os historiadores denominam imperialismo ou neocolonialismo.