Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
Lia a história de Robinson Crusóe,
Comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
A ninar nos longes da senzala _ e nunca se esqueceu
Chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
Café gostoso
Café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
Olhando pra mim:
_ Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
No mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
Era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
2. O EU LÍRICO nesse poema é
a) um fazendeiro.
b) a esposa de um fazendeiro.
c) um menino.
d) uma escrava.
Respostas
respondido por:
1
Resposta:
letra c um menino
Explicação:
Na verdade ele está contando a história dele quando ele era um menino, porém ele não era fazendeiro e sim filho de negro, mas o eu se refere a um menino no meu entendimento.
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