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Resposta:
Nesse artigo pretendeu-se ressaltar que os estudos relativos ao quadro teórico dos movimentos sociais, na América Latina, desenvolveram-se basicamente nas universidades e em alguns institutos de pesquisas ou ONGs. Durante o Estado Militar havia uma base teórica que consistia mais num guia de orientação político-estratégico para as ações futuras do que num referencial explicativo sobre os movimentos sociais. Na América Latina, as iniciativas teóricas estiveram mais próximas das teorias europeias do que aquelas que se remetiam à epistemologia gerada nos Estados Unidos sobre os movimentos sociais. Assim, para a construção de um projeto teórico que melhor contribuísse para a análise dos movimentos sociais latino-americanos seria fundamental a consideração dos seguintes aspectos: a diversidade de movimentos sociais existentes; a hegemonia dos movimentos populares diante de outros tipos de movimentos sociais; os movimentos populares que tiveram destaque e que se tornaram conhecidos internacionalmente; as mudanças na Igreja Católica, em relação aos movimentos sociais; as características dos movimentos populares como formas de resistência e os novos movimentos sociais que destacaram a inclusão e não a integração social; projetos estratégicos de mudança da ordem das coisas na realidade social; a inclusão da categoria dos intelectuais para a efetiva compreensão dos movimentos sociais; a questão agrária na América Latina; as estratégicas e táticas adotadas pelos movimentos sociais, segundo as diferentes realidades na América Latina e o trabalho dos movimentos locais em torno da demanda de serviços coletivos territorializados, não se articulando às redes nacionais ou regionais.