Leia com atenção: PM DO 174 É INOCENTADO Sindicância conclui que soldado só queria neutralizar o delinquente. A morte da recreadora infantil Geisa Firmo, 20anos, no assalto do ônibus da linha 174, em 12 de junho, não teve culpados. Sindicância da PM, encerrada dia 07, afirma que o soldado Marcelo oliveira dos Santos, do Batalhão de Operações Especiais disparou duas vezes sua submetralhadora contra ao assaltante Sandro Nascimento e errou apenas para neutralizar o delinquente e não cometeu transgressão disciplinar. Sandro reagiu acertando Geisa. A justiça também já havia liberado Marcelo de responder por homicídio duplamente qualificado, já que o bandido foi morto pelos PMs. JB, 14/11/2000
A) A manchete enuncia um juízo de fato. Reformule-o de modo a transformá-lo num juízo de valor.
B) Destaque outros juízos de fato da matéria e outros juízos de valor .
Respostas
Resposta:
Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são.
Juízos de valor são avaliações sobre coisas, pessoas, situações. São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções e ações segundo o critério do correto e do incorreto.
Vamos então, reescrever a manchete do PM DO 174 É INOCENTADO -Sindicância conclui que soldado só queria neutralizar o delinquente, expressando juízo de valor.
Colocando em risco a vida da recreadora infantil Geisa Firmo, de apenas 20 anos, o soldado Marcelo Oliveira dos Santos, atirou duas vezes, utilizando uma submetralhadora, em direção ao assaltante Sandro Nascimento, alegando que queria apenas neutralizar o delinquente, que reagindo, supostamente atirou e matou uma inocente vítima, a recreadora infantil.
Mais uma vez, ao inocentar a ação do policial, nos deparamos com a omissão da justiça e da sociedade em criminalizar a despreparada ação do soldado que, colocando em risco a vida de pessoas próximas e na clara intenção de matar o assaltante, não dispensou tempo em avaliar critérios humanos em lidar com a situação, quando toda a vida deve ser respeitada e valorizada.
O discurso "bandido bom é o bandido morto", cabe somente a uma elite que, omissa, não se detém em lidar positivamente com profundas diferenças sociais, criminalizando os segmentos menos favorecidos pelas políticas públicas básicas: saúde, educação e segurança.
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