• Matéria: Geografia
  • Autor: diiGGoo
  • Perguntado 5 anos atrás

como o Japão compensa o envelhecimento da população para gerar economia

Respostas

respondido por: leticiauchiha12
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Resposta:

Localizada em Sumida, na região metropolitana de Tóquio, a Hamano Products, pequena indústria de metalmecânica, parece uma janela para o futuro. Uma de suas principais apostas é uma parceria para desenvolver uma turbina eólica com um novo design, atualmente em fase de testes. A empresa acredita que seu modelo é à prova de tufão, sonha com uma fatia do mercado japonês e, quem sabe, do mundial. Mas, independentemente do que venha a ocorrer com a turbina, a Hamano já é uma empresa, digamos assim, à frente de seu tempo. Quase 20% de sua mão de obra tem mais de 50 anos de idade. Em 2011, a procura por um novo operador para uma das máquinas de estampagem de metal de sua linha acabou quando encontraram Noboru Saito, na época com 69 anos. No 1o andar da fábrica da Hamano, onde um aspirador à disposição deixa claro que nem a poeira é permitida ali, Saito faz suas tarefas e serve de consultor para os colegas mais novos. Ainda disposto e forte aos 76 anos, Saito não tem a menor ideia de quando vai se aposentar.

O Japão está na vanguarda da onda do cabelo branco. A expectativa de vida, de 83,7 anos, é a maior do mundo. “Os japoneses estão vivendo mais graças a fatores como um sistema desaúde universal, eficiente e relativamente acessível”, diz Andrew Gordon, professor de história do Japão na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. A permanência de pessoas mais velhas no mercado de trabalho também tem relação com a contínua queda da taxa de natalidade. No final dos anos 70, nasciam cerca de 2 milhões de crianças japonesas por ano. Em 2016, o número de nascimentos caiu para menos de 1 milhão pela primeira vez em décadas, e a previsão é que a queda continue. Líder em longevidade e, ao mesmo tempo, integrante do pelotão dos países de baixa natalidade, o Japão fica devendo no cálculo da demografia.

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