• Matéria: Sociologia
  • Autor: gucaetanos29
  • Perguntado 5 anos atrás

O que as religiões explicam sobre a morte? Faça um resumo de como estas religiões lidam com a morte: • Budismo • Candomblé • Catolicismo • Espiritismo • Islamismo • Hinduísmo • Judaísmo

Respostas

respondido por: vitorsmaia28
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Resposta:

Explicação:

budismo

A morte não é compreendida como um evento isolado, mas como uma mudança de um ciclo infindável de mudanças. Ela é uma realidade natural, uma oportunidade muito especial de transformarmos nossa mente confusa num estado mental de profunda paz. Nesse sentido, a morte não é vista como algo mórbido e temido, mas como uma bela oportunidade de crescimento espiritual.

A passagem de um ciclo a outro é conhecida pelo termo tibetano bardo: um intervalo temporal e intermediário marcado por um início e um fim definido, basicamente entre o falecimento e o próximo renascimento. Bardo significa “entre” (“entre a vida e a morte”, “entre dormir e acordar”). Aprender a identificar os estados mentais que ocorrem durante o bardo da vida nos ajuda a diminuir a sensação de estranheza e mistério que em geral temos a respeito do que ocorre quando morremos, pois, nesse sentido, o estado pós-morte nada mais é do que uma intensificação do que passamos em vida.

Candomblé

– O candomblé compreende diversas vertentes. Respondo pelo candomblé contemporâneo, que agrega conceitos de filosofia, psicologia e tradições orientais. Sob tal perspectiva, se o indivíduo leva uma vida imbuída de verdade, o pós-morte será uma extensão de suas ações, portanto, uma passagem confortável, sem julgamentos.

Tal passagem pode ser facilitada também pela influência dos orixás – entidades que representam o vento, o mar, a mata e assim por diante – e que lhe servem de guias espirituais. Acreditamos no processo evolutivo da reencarnação e na existência de reinos espirituais, para onde se encaminham os mortos, dedicados a cada tradição religiosa.

Essas comunidades interagem, não há fronteiras entre elas. Depois da morte, o tempo é relativo e o espírito pode ser resgatado ou não – tudo dependerá de como usou o livre-arbítrio. Quem realiza esse resgate nas comunidades espirituais são os espíritos de luz, como os velhos, os caboclos, os índios, as pombagiras, que recebem quem chega e também transmitem ensinamentos com vistas à evolução.

Catolicismo

– O fundamento da fé na ressurreição se encontra no fato de Deus ter ressuscitado seu filho, Jesus. Morrer e ser ressuscitado significa chegar a uma ampliação plena da cognição, de tal maneira que, só na morte, a pessoa tenha a possibilidade de conhecer, com clareza total e absoluta, o significado e as consequências de sua vida vivida, no nível individual, socioestrutural, histórico e cósmico.

Ela própria, junto com Deus e com base nos parâmetros dele, julga sua trajetória, percebendo, em que medida, correspondeu ou não às diretrizes divinas. Tal processo é conhecido por “juízo final”. Na morte, Deus oferece a cada pessoa uma última oportunidade de conversão, momento chamado de “purgatório”.

Espiritismo

– De acordo com a doutrina espírita, o espírito – a essência do ser – continua vivo depois da morte, que só atinge o corpo. O que encontramos do outro lado reflete o que realizamos na Terra.

amaterial consome dias, meses ou até anos. Há, inclusive, aqueles que não sabem que desencarnaram. Por isso, é importante termos em vida a compreensão de que haverá continuidade e de que não faremos a travessia sozinhos. O espírito é acompanhado por amigos espirituais e familiares.

Islamismo

– Os muçulmanos acreditam que todos nascem puros e inocentes, com uma beleza inata e a capacidade de progredir e adquirir conhecimento. No entanto, possuímos o livre-arbítrio.

A crença no Dia do Juízo significa que a morte não é o fim da vida, mas um portal para a vida eterna. Portanto, os muçulmanos percebem o tempo como sendo contínuo, desse mundo para o próximo; e o tempo passado aqui moldará a natureza do tempo eterno.

Hinduísmo

– Na Índia, quando uma pessoa morre, seu corpo é levado pelos parentes para o Rio Ganges. Lá ocorre a cremação, num ritual repleto de detalhes. Para os indianos, a pessoa não é o corpo, mas a alma, que parte para outra dimensão.

Por isso, cantam e festejam. Dependendo do mérito conquistado em vida, o espírito passará um período no loka – uma espécie de céu. Esgotadas as credenciais, tem de retornar à instância física.

As almas menos nobres vão para a casta dos comerciantes, os vaishas, e, por último, para a casta dos trabalhadores, os shudras. Quando a alma atinge um patamar espiritual elevado e consegue finalmente se desapegar do mundo material, mental e emocional, passa a ter um entendimento perfeito das coisas, sem ilusões.

Judaísmo

– O judaísmo prega que todos os mortos serão ressuscitados na Era Messiânica (quando o Messias chegar à Terra). Mas a ideia da reencarnação também está presente nos livros judaicos, embora os rabinos falem muito pouco sobre ela.

Para a cabala – conjunto de princípios espirituais anterior às grandes religiões monoteístas -, a alma é imortal. Antes de nascer, assinamos uma espécie de contrato por meio do qual nos comprometemos a enfrentar determinadas situações desafiadoras que podem trazer tristezas e dificuldades, provações que contribuem para nosso aperfeiçoamento.

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