O acendedor de lampiões
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: -
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
(LIMA, Jorge de. Jorge de Lima: poesia. Rio de Janeiro: Agir, 1997, p. 37-38.)
Muitos poetas e escritores fazem de suas criações um instrumento de denúncia envolvendo questões sociais, buscando despertar a consciência dos leitores para situações de desigualdades ou injustiças que separam os homens na sociedade.
Jorge de Lima, no poema acima. ao descrever a rotina de um acendedor de lampiões, figura muito presente em épocas passadas nas cidades brasileiras, pretende mostrar que essa realidade particular, denunciada como irônica, podia ser estendida a outras pessoas, com outras funções na sociedade. Para tanto, utiliza-se, nos seus versos, de um método argumentativo do tipo
A) exemplificativo, ao mencionar as repetidas ações que o acendedor deve praticar.
B) indutivo, pois apresenta um caso particular para chegar a uma conclusão abrangente.
C) dialético, uma vez que contrapõe profissões e atividades distintas.
D) silogístico, ao apresentar uma premissa verdadeira a fim de convencer o leitor.
E) dedutivo, pois constrói um raciocínio que, partindo do geral, chega ao individual.
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