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Explicação:
ando Ivan Duque – candidato que liderava as intenções de voto nas eleições presidenciais colombianas, ocorridas no último domingo – deixou de participar do terceiro debate presidencial na cidade portuária de Buenaventura, no mês passado, seus críticos interpretaram a decisão como uma manifestação do descaso histórico das elites quando se trata das regiões mais pobres do país.
Chocó, um departamento da Colômbia que fica na costa pacífica do país, tem sido alvo dos chineses que pretendem trazer investimentos significativos para a região, com foco na extração de recursos naturais. No entanto, a atividade promove um desenvolvimento econômico que se destaca pela desigualdade e traz poucos benefícios à população local.
A Capital Airports Holdings Company (CAH), uma empresa detida integralmente pela Administração de Aviação Civil da China (AACC), tem planos de investir quase US$2 milhões para modernizar e expandir o aeroporto da capital Quibdó. Isolada devido à sua geografia desafiadora e às rodovias inseguras que a ligam a outras cidades, Quibdó poderá se conectar aos mercados globais se receber voos internacionais.
O acordo incluirá uma concessão para a operação do aeroporto, com duração de 15 a 20 anos, e aumentará a capacidade de carga do local, o que por sua vez vai assegurar à China o monopólio de todas as exportações dos setores agrícola, silvícola e minerador da região. O país já detém uma participação de 93% nesses setores, sendo que há uma década esse número era apenas 2%.
Quibdó é tão subdesenvolvida que não tem condutas de água ou um sistema de esgoto. A cidade tem um dos índices de pobreza mais elevados do país, acesso limitado a serviços de saúde, níveis baixos de escolaridade, pouca infraestrutura de lazer e muita corrupção.
Nesse contexto, fica difícil defender os investimentos na modernização e ampliação do aeroporto local como se fossem ações prioritárias para a comunidade. Quem será beneficiado, então?