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No século XV, dois países tiveram destaque na Europa Ocidental: Portugal e Espanha. Com o declínio do feudalismo, as relações econômicas começaram a se dar através do comércio marítimo. Expedições eram organizadas com o objetivo de explorar outras regiões, a fim de extrair alimentos, principalmente as especiarias. No inverno, o alimento para o gado se tornava escasso na Europa e algumas especiarias conservavam a carne, fato este que propiciou sua valorização, já que o abate bovino se dava no outono e a carne precisava estar conservada até o inverno. Além do uso como conservante, as especiarias também eram utilizadas na fabricação de remédios, perfumes e temperos.
Outros fatores também motivaram essas expedições. A Idade Média já tinha ficado para trás, mas o interesse em expandir o catolicismo, convertendo os não cristãos, ainda existia. O acúmulo de riquezas também influenciou, junto com a descoberta de novos mercados, já que, após a conquista de Constantinopla pelos turcos, as rotas comerciais do Mediterrâneo foram bloqueadas.
Portugal saiu na frente, investindo em tecnologia marítima. Além de desenvolverem o uso de ferramentas de navegação (bússola, astrolábio, quadrante), inventaram as caravelas, principal embarcação utilizada nas grandes navegações. Também favoreceu seu desenvolvimento o fato de Portugal não estar inserido em nenhuma guerra, nesse período. Enquanto os outros países europeus se endividavam com a manutenção destas, Portugal se dedicava somente à sua expansão.
Motivados por sua situação positiva, várias expedições portuguesas obtiveram êxito, não só na extração de especiarias e metais, mas também na descoberta de novas terras e na colonização de seus habitantes. Além do famigerado navegador Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil, o navegador Vasco da Gama também teve destaque, descobrindo as Índias e, consequentemente, um novo caminho para o Oriente. Conforme Portugal ia alcançando novos patamares na economia marítima, os outros países europeus iam cessando seus conflitos e se interessando pelas navegações. Foi o caso da Espanha, que, após expulsar os muçulmanos da cidade de Granada, em 1492, patrocinou a expedição do navegador genovês Cristovão Colombo, resultando no descobrimento da América. Mais tarde, franceses, ingleses e holandeses também se dedicaram às expedições.
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