• Matéria: História
  • Autor: Theneptune
  • Perguntado 5 anos atrás

Por que os portugueses eram vistos pelos japoneses como povo bárbaro?

Respostas

respondido por: marcosantonio73676
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Resposta:

primeira afiliação feita entre Portugal e Japão começou no ano de 1542, quando os portugueses desembarcaram no Sul do arquipélago japonês. Este período ficou conhecido como o Período do Comércio Nanban, onde os europeus e asiáticos começaram por desenvolver o mercantilismo. Através da iniciativa feita pelo jesuíta Gaspar Vilela e o dáimio Omura Sumitada, Portugal funda o porto de Nagasáqui em 1571.

A expansão ao comércio aumentou a influência portuguesa no Japão, principalmente em Quiuxu, onde o porto se tornou um ponto de acesso estratégico, após Portugal ter colaborado com o dáimio Sumitada, em repelir o ataque feito pelo Clã Ryūzōji, ao porto em 1578.

Os primeiros navios portugueses atracados no Japão, traziam cargas provenientes como a seda e a porcelana da China. Os japoneses almejavam por esses bens, que foram proibidos de fazerem comércio exterior com os chineses pelo Imperador, como punição pelos ataques de piratas Wakō. Portanto, os portugueses atuaram como intermediários no comércio asiático.

Em 1592, o comércio entre Portugal e Japão passou a ser cada vez mais desafiador, por causa dos contrabandistas chineses e da chegada de navios espanhóis para Manila em 1600, os holandeses em 1609 e os ingleses em 1613.

Os japoneses estavam interessados nas armas de fogo portuguesas. Os três primeiros europeus a chegar ao Japão em 1543, foram os navegadores António Mota, António Peixoto e Francisco Zeimoto (e também presumivelmente, Fernão Mendes Pinto). Eles chegaram no extremo sul de Tanegaxima, onde apresentaram as armas de fogo para a população local. Estes mosquetes receberam o nome da cidade Tanegashima.

Como o Japão estava no meio de uma guerra civil, chamada de Período Sengoku, os japoneses coldrearam as armas portuguesas, para serem mecanismos mais leves e melhores, com um objetivo preciso. O famoso dáimio Oda Nobunaga, que praticamente unificou o Japão, fez uso extensivo das armas arcabuzes, sendo o papel-chave da Batalha de Nagashino. Após um ano, os ferreiros japoneses conseguiram reproduzir o mecanismo e começaram a produzir em massa, as armas portuguesas. E só apenas cinquenta anos depois, seus exércitos foram equipados com uma série de armas, talvez maior do que qualquer exército contemporâneo da Europa. As armas eram extremamente importantes na unificação do Japão sob Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu, bem como nas invasões japonesas na Coreia em 1592 e 1597. Os europeus não trouxeram pelo comércio apenas armas, mas também o sabão, tabaco e outros produtos desconhecidos no Japão feudal.

Após Portugal ter feito o primeiro contacto com o Japão em 1543, um comércio de escravos de grande escala foi desenvolvido, no qual os portugueses compravam japoneses como escravos no Japão e os vendiam para vários locais no exterior, incluindo no próprio Portugal, ao longo dos séculos XVI e XVII.[5][6][7] Muitos documentos mencionam o grande comércio de escravos, junto com os protestos contra a escravização de japoneses. Os escravos japoneses acreditavam ter sido os primeiros da sua nação a ir para Europa e os portugueses compravam grandes quantidades de escravas japonesas para trazer a Portugal, para fins de exploração sexual, como foi observado pela Igreja em 1555. O rei Sebastião temia que estivesse acontecendo um efeito negativo sobre o proselitismo católico, desde que o comércio de escravos japoneses crescia a proporções enormes, então ele ordenou que fosse proibido em 1571.[8][9]


Theneptune: Blz mas e a resposta?
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