• Matéria: História
  • Autor: karolynakaylla
  • Perguntado 5 anos atrás

TEXTO!

No decorrer da Idade Média, a figura política do rei era bem distante daquela que usualmente costumamos

imaginar. O poder local dos senhores feudais não se submetia a um conjunto de leis impostas pela autoridade real.

Quando muito, um rei poderia ter influência política sobre os nobres que recebiam parte das terras de suas

propriedades. No entanto, o reaquecimento das atividades comerciais, na Baixa idade Média, transformou a

importância política dos reis.

A autoridade monárquica se estendeu por todo um território definido por limites, traços culturais e linguísticos que

perfilavam a formação de um Estado Nacional. Para tanto, foi preciso superar os obstáculos impostos pelo

particularismo e universalismo político que marcaram toda a Idade Média. O universalismo manifestava-se na ampla

autoridade da Igreja, constituindo a posse sobre grandes extensões de terra e a imposição de leis e tributos próprios.

Já o particularismo desenvolveu-se nos costumes políticos locais enraizados nos feudos e nas cidades comerciais.

Os comerciantes burgueses surgiram enquanto classe social interessada na formação de um regime político

centralizado. As leis de caráter local, instituídas em cada um dos feudos, encareciam as atividades comerciais por

meio da cobrança de impostos e pedágios que inflacionavam os custos de uma viagem comercial. Além disso, a falta

de uma moeda padrão instituía uma enorme dificuldade no cálculo dos lucros e na cotação dos preços das

mercadorias.

Além disso, a crise das relações servis causou um outro tipo de situação favorável à formação de um governo

centralizado. Ameaçados por constantes revoltas – principalmente na Baixa Idade Média – e a queda da produção

agrícola, os senhores feudais recorriam à autoridade real com o intuito de formar exércitos suficientemente

preparados para conter as revoltas camponesas. Dessa maneira, a partir do século XI, observamos uma gradual

elevação das atribuições políticas do rei.

Para ter maiores poderes em mãos, o Estado monárquico buscou o controle sobre questões de ordem fiscal, jurídica

e militar. Em outros termos, o rei deveria ter autoridade e legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e

decretar impostos. Com esses três mecanismos de ação, as monarquias foram se estabelecendo por meio de ações

conjuntas que tinham o apoio tanto da burguesia comerciante, quanto da nobreza feudal.

Com o apoio dos comerciantes, os reis criaram exércitos mercenários que tinham caráter essencialmente

temporário. Ao longo dos anos, a ajuda financeira dos comerciantes tratou de formar as milícias urbanas e as

primeiras infantarias. Tal medida enfraqueceu a atuação dos cavaleiros que limitavam sua ação militar aos interesses

de seu suserano. A formação de exércitos foi um passo importante para que os limites territoriais fossem fixados e

para que fosse possível a imposição de uma autoridade de ordem nacional.

AS PERGUNTAS!!


1-Na Idade Média, como funcionava o poder local dos senhores feudais? EXPLIQUE.



2-Naquele estranho mundo de transição do feudalismo para o capitalismo, em quais campos se desenvolveram o

UNIVERSALISMO e o PARTICULARISMO?



3-Qual era o interesse dos comerciantes burgueses?



4-O que senhores feudais fizeram quando se sentiram ameaçados pelas revoltas camponesas?



5-O que o Estado Monárquico fez para ter maiores poderes em mãos?​

Respostas

respondido por: ml0879169
3

Resposta:

O fim da década de 1920 e o começo dos anos 1930 foram um marco na história mundial. A crise de 1929 nos EUA, a ascensão do fascismo na Itália e do nazismo da Alemanha são só alguns exemplos de fatos que mudaram a trajetória do mundo. No Brasil não foi diferente. O país vivia uma grande transformação política que colocava fim à oligarquia cafeeira e dava início a uma longa fase da política brasileira: a Era Vargas. Com um golpe, Getúlio Vargas assumiu a presidência e se manteve durante muito tempo no poder, com sua trajetória chegando ao fim com o seu suicídio. 

A morte do ex-presidente se deu em um contexto de bastante tensão. Com a oposição no congresso nacional e uma rejeição pela classe empresarial, principalmente por suas medidas sociais e estatais, a tensão em relação ao seu governo aumentava. A situação ficou ainda pior quando o presidente foi acusado de ser o mandante do atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, um de seus principais opositores. Com o pedido de renúncia feito pela oposição, Vargas escreve uma carta em seu gabinete e põe fim a sua própria vida no dia 24 de agosto de 1954.

“O suicídio de Getúlio Vargas foi um ato político. Suicidando-se, ele evitou que golpistas, representando interesses reacionários e antinacionais, chegassem ao poder. Com esse ato extremo, Getúlio deu uma sobrevida de dez anos à democracia brasileira, até que o golpe civil-militar de 1964 instaurasse, entre nós, uma ditadura que durou 21 anos”, explica Nilton Cesar Nicola, doutor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH USP. 

A Era Vargas, período em que o político governou continuamente durante 15 anos, foi dividida em três partes: o Governo Provisório, período que perdurou de 1930 até 1934 com uma nova constituição colocando Vargas no poder novamente; o Governo Constitucional, que durou até 1937; e o Estado novo, instaurado por uma ditadura que durou até 1945, justificado por uma suposta “ameaça comunista”.

Em 1951, Vargas voltou ao poder por voto popular tendo seu mandato interrompido com sua morte.

Segundo Nilton, "Getúlio Vargas foi a figura dominante na política do Brasil por 24 anos. Candidato derrotado da Aliança Liberal à presidência da República, liderou a Revolução de 1930, que o levou ao poder. Em 1937, desencadeou o golpe que o fez ditador, instituindo o Estado Novo, que durou até 1945. Pode-se dizer que  os ‘Getúlios’ de 1930 e o de 1937, de perfis autoritários, são semelhantes. E que o de 1950, eleito democraticamente e com um projeto de governo progressista, é diferente dos ‘Getúlios’ anteriores".

 

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em 1954, o presidente Getúlio Vargas cometeu suicídio. Comente sobre as crises do seu governo que antecederam esse ato extremado.

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