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O Bloqueio Continental foi decretado em 21 de novembro de 1806 para obrigar os países administrados pelo império francês a cortar todos os laços comerciais com a Inglaterra. O autor desse decreto autoritário foi Napoleão Bonaparte, que queria de todas as formas derrubar a hegemonia econômica do império britânico.
Nesse período, o comércio entre países era feito através da negociação de produtos trazidos por navios. O Reino Unido era um dos principais exportadores de mercadoria manufaturada através das navegações e esse bloqueio envolvia o fechamento de todos os portos europeus para as embarcações britânicas.
Mediante a grandes revoluções e guerras, a França se viu na posição de enfrentar a grande potência industrial e econômica europeia. Desse fato, muitos acontecimentos foram gerados durante alguns anos. O propósito de Napoleão envolveu diversos países, gerando consequências nos rumos da história de cada um.
Criação do Bloqueio Continental
O Bloqueio Continental surgiu em meio às Guerras Napoleônicas, logo após a Revolução Francesa, com o objetivo de inviabilizar a entrada das embarcações comerciais inglesas nos portos europeus. Alguns conflitos já tinham acontecido entre Ingleses e franceses, como a Batalha de Trafalgar.
A iniciativa partiu do imperador da França, Napoleão Bonaparte, na intenção de destruir a supremacia econômica da Inglaterra, já que não possuía recursos suficientes para atacá-los novamente em guerra. Nessa estratégia, a Grã-Bretanha ficaria isolada comercialmente, o que atingiria de fato seu poder econômico.
Autoridade de Napoleão
Aos poucos o império francês ganhava espaço na economia e política, tornando-se grande potência mundial, porém a Inglaterra ainda estava no topo, sendo a maior potência industrial. A expansão política e militar da França com a liderança de Napoleão visava dominar toda a Europa, mas essa região poderosa resistia as tentativas do imperador francês.
Por esse motivo, Napoleão tentou diminuir seu crescimento econômico através do impedimento da comercialização com os países europeus aliados e subordinados a ele, criando o Bloqueio Continental.
Além disso, todos os navios que entravam e saíam dos portos europeus teriam que passar pela fiscalização, pois de forma alguma poderia entrar mercadoria clandestina. Com essa ação, o imperador acreditava que o Reino Unido enfraqueceria, já que o comércio era a principal forma de fortalecer a sua monarquia.
O império russo aceitou o Bloqueio Continental e convenceu a Áustria. Dessa forma, estava garantido o bloqueio no extremo leste da Europa. Faltava a aceitação da Península Ibérica, especialmente de Portugal, que se manteve por um momento indeciso.