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Durante o século XIX, a Rússia era considerada, juntamente com países como Inglaterra, França, Alemanha e Áustria, uma das maiores potências de toda a Europa. Entretanto, enquanto esses países encontravam-se em um grande processo de industrialização e modernização, a Rússia ainda estava em um patamar considerado atrasado.
Com economia baseada principalmente na agricultura, o sistema feudal ainda era predominante entre os russos, de modo que os senhores feudais não admitiam que se iniciasse o processo de modernização produtiva e econômica. Por se tratar de um Império, comandado pelo czar (imperador russo), o país estava submetido às decisões do mesmo, inclusive a própria Igreja Católica Ortodoxa, religião dominante na Rússia.
Em meados do século XIX, a Rússia entrou na Guerra da Crimeia, contra Inglaterra, França e Turquia. Mas, por se encontrarem em um patamar industrial extremamente atrasado, os russos saíram derrotados do conflito, forçando o czar Alexandre II a tomar uma série de providências. Com isso, a servidão foi abolida, as terras foram vendidas aos camponeses e novas áreas agrícolas foram ocupadas.
Essas medidas levaram a um crescimento importante da Rússia, que passou a se tornar um dos principais países exportadores de grãos. Ao mesmo tempo, a população cresceu bastante e, com esse “boom”, problemas como fome e desemprego também surgiram. O Império precisou, finalmente, investir no processo de industrialização.
Isso levou à criação de várias fábricas estrangeiras na Rússia, resultando nas maiores taxas de crescimento entre os países europeus nas últimas duas décadas do século XIX. Apesar da modernização, o modelo absolutista se mantinha intacto no poder, o que trouxe um grande descontentamento para a população, cada vez mais organizada e unida.