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O primeiro paradoxo é acreditar na cordialidade, afabilidade e no perfil acolhedor da sociedade brasileira. No entanto, não há contingentes de expatriados vivendo no Brasil. A noção de que não somos xenófobos contrasta com a realidade, visto que, diferentemente de países na Europa e grandes cidades americanas, não convivemos no dia a dia com estrangeiros em número significativo. A crise migratória na fronteira com a Venezuela, então, com seguidas demonstrações de violência, mostra que não somos tão abertos assim, como gostamos de acreditar. E o que dizer do aberto ódio de muitos brasileiros contra os argentinos, por um motivo absolutamente estúpido quanto o futebol?
o segundo paradoxo tem a ver com a suposta abertura sexual dos brasileiros. Somos os campeões no quesito sexo, temos as melhores mulheres do mundo, campeões no quesito cama, só o brasileiro tem pegada e bla bla. Porém, somos uma sociedade que vive sob a égide da moral cristã católica protestante que pune a sexualidade como forma de manter o poder sob seu rebanho. Perdemos o despudor dos indígenas e nem um mero topless feminino é bem recebido em nossas praias, diferente de qualquer destino equivalente na Europa. Ainda hoje os arranjos sexuais que fujam da norma da heterossexualidade são vistos com surpresa e indignação muitas vezes. Realmente não sei que sociedade hiperssexualizada é essa que ainda se sente tão desconfortável para abordar o tema sexo abertamente.