(UERJ 2015) - A comparação escolhida por João Cabral de Melo Neto para caracterizar o ato de
escrever:
a) recupera para a literatura as concepções de poesia que orientavam a literatura de folhetos do
Nordeste, ou “cordel”.
b) inverte certa concepção erudita da poesia, que a vê como atividade elevada, sublime, separa-
da do cotidiano banal.
c) inscreve a poética do autor no Regionalismo literário, por vincular a representação literária a
práticas locais bem determinadas.
d) reata com a tradição parnasiana, que concebia a arte poética como ofício de artesão ou artífice.
e) contrapõe-se ao elitismo do Modernismo paulista, que repudiava o primitivismo e as culturas
rústicas.
Respostas
A correta é a letra c) inscreve a poética do autor no Regionalismo literário, por vincular a representação literária a práticas locais bem determinadas.
A obra Catar Feijão de autoria de João Cabral de Melo apresenta traços do Regionalismo literário porque o eu lírico traz os valores, costumes e experiências da sociedade em fazer algo comum, catar feijão.
No texto, o autor aborda sobre o ato de catar feijão, que é cultural no Brasil. Apresenta como é feita a colheita do alimento tão importante na casa dos brasileiros.
Logo nos primeiros parágrafos, ele descreve como é feito o ato de catar feijão, que no momento que os grãos boiam na água, deve-se jogar fora.
Abraços!
A comparação escolhida por João Cabral de Melo Neto para caracterizar o ato de escrever está de acordo com a letra c) inscreve a poética do autor no Regionalismo literário, por vincular a representação literária a práticas locais bem determinadas.
João Cabral de Melo Neto, em sua obra "Catar Feijão", faz uso de traços do Regionalismo literário, uma vez que ele faz uso de valores e costumes que são compartilhados de maneira comum na sociedade, como o ato de catar feijão.
No poema, já no primeiro verso, o autor relaciona o ato de catar feijão com o de escrever. A partir daí, ele descreve as duas ações e encontra diversas semelhanças entre elas.
Para o autor, a inspiração é a primeira etapa dos dois atos. É ela que impulsiona um artista a colocar no papel as suas variadas ideias. No entanto, ele não deve parar aí: ele deve selecionar as suas melhores ideias, tal qual quem cata feijão faz ao escolher os melhores grãos, e depois deve descartar o que não serve e que não agrega. Para o autor, repetições não interessam, o que interessa é a originalidade.
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