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Explicação:
Haiti (10.700.000 habitantes) e República Dominicana (10.500.000 habitantes) com-
partilham a ilha de Hispaniola, porém, existe um profundo processo de diferenciação
enraizado na divisão colonial realizada entre França e Espanha. Essa diferenciação
herdada constitui uma espécie de “dupla insularidade”1
, marcada por considerável
desigualdade socioeconômica, fortes diferenças culturais e pela inexistência de mar-
cos institucionais (binacionais ou supranacionais) para a viabilização da integração
fronteiriça2
. Em ambos os países a fraqueza do Estado, especialmente na fronteira, é
um traço significativo. Apesar de muitas disputas históricas pelo controle territorial
da ilha, que começaram com a colonização, com momentos de abertura e outros
de fechamento das fronteiras, no século XX, a fronteira era encarada pelos Estados
como “confins” dos territórios nacionais e marginalizada em termos de economia de
escala.
Embora a fronteira de dois Estados tivesse delimitações imprecisas, a identifica-
ção entre fronteira internacional e limite desdobra-se por meio da mobilidade e da
imprecisão cartográfica que na mais generalidade do tempo relaciona-se ao desen-
volvimento da sociedade3
. O recente (figura 1) mostra os corredores transfronteiri-
ços e geográficos do Haiti e da República Dominicana.
Nesse contexto, as delimitações lineares evidenciam uma realidade política ter-
ritorial particularizada que está vinculada à noção de fronteira. Essa limitação de
fronteira entende-se por uma definição da linha de inserção de marcas sobre o ter-
ritório, no qual possibilitando perceber do início ou fim de um controle político
territorial e do Estado4
. Sendo assim, para que o Estado mantenha o melhor controle
da fronteira, o território, portanto, pode ser investido de uma forte dimensão emble-
mática que é preservada. A fronteira aparece como um limite de partição circulando