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A cor da nossa pele é determinada pela melanina. É essa substância, fabricada por células chamadas de melanócitos, que colore o maior órgão do nosso corpo. O quanto cada organismo produz de melanina é uma característica individual, determinada geneticamente.
A melanina existe para proteger a pele dos raios ultravioleta do Sol. Quanto mais morena a pele, mais protegida ela é contra esses raios nocivos, que podem causar queimaduras e câncer. E também é por causa da melanina que a gente fica mais bronzeado quando vai à praia: ao sentir o risco do ambiente, os melanócitos aumentam a produção de melanina, deixando a pele mais escura.
Pessoas negras produzem muita melanina. Um dia, todos fomos assim: de pele bem escura. Evidências arqueológicas indicam que o homem moderno surgiu na África, região de muito sol. Por lá, os indivíduos com pele mais escura tiveram mais vantagem na luta pela sobrevivência. Mas, quando começaram a migrar para regiões menos ensolaradas, como a Europa, nossos antepassados se depararam com um novo problema: a falta de sol. É que, apesar de poder causar danos à pele, os raios ultravioleta são importantes para a síntese de vitamina D no organismo, uma substância que, entre outras coisas, fortalece as nossas defesas e ajuda a absorver o cálcio que deixa os ossos resistentes. Em regiões com pouco sol, conseguir absorver o máximo possível de raios UV era uma vantagem e tanto.
Foi assim que o mundo se coloriu: em terras quentes, quem tinha mais melanina estava mais preparado para enfrentar o ambiente; em terras frias, os com menos melanina eram mais aptos a sobreviver. Tudo alinhado à teoria da seleção natural, desenvolvida por Charles Darwin.