Durante uma aula, na qual você aborda o projeto colonizador português na América, são demonstradas as características desse processo e é feita uma comparação com a situação das outras colônias americanas. Após essa explicação, é aberto o diálogo para que sejam sanadas possíveis dúvidas referentes ao assunto.
Nesse momento, três questionamentos levantados pelos alunos são pertinentes:
a) Um dos seus alunos questiona se o problema do Brasil não seria o fato de termos sido colonizados pelos portugueses.
b) Aproveitando a fala do colega, outro aluno pergunta se nossa situação seria melhor se no lugar dos portugueses tivéssemos sido colonizados pelos ingleses, tornando a situação do Brasil mais próxima dos Estados Unidos, ou seja, uma potência econômica e bélica.
c) E por fim, um terceiro aluno questiona se as nações protestantes, como Inglaterra e Holanda, não foram melhores colonizadores do que os reinos católicos, como Portugal, Espanha e França.
Como você, no papel de professor, responderia essas questões?
Respostas
Resposta:
essa é bem difícil mesmo
Resposta:
Padrão de Resposta Esperado
Explicação:
a) O processo de colonização é realizado a partir de um pressuposto de conquista, iniciado com a ocupação de um território, enfrentamento e submissão da população nativa, bem como a imposição de um aparato técnico e administrativo que corresponda aos interesses da metrópole. Nesse sentido, o problema em si não está nos portugueses, mas sim na gestação da nação, que foi realizada em um contexto de exploração.
b) As singularidades dos desdobramentos dos processos de independência ocorridos na América dizem menos respeito aos colonizadores do que ao contexto das sociedades coloniais. A Coroa britânica possuiu colônias na América, África, Ásia e Oceania, e, em cada uma dessas localidades, a relação foi diferenciada. Então, o que ocorreu nos Estados Unidos da América não poderia ser restrito ao fato de terem sido colonizados por ingleses.
c) A relação entre metrópole e colônia, em todos os aspectos, sempre foi sustentada pela dependência e pelo pacto colonial. Uma diferença percebida nessa questão foi interpretada por Max Weber em A ética protestante e o espírito do capitalismo, em que nações protestantes, como Inglaterra e Holanda, adotaram valores calvinistas como a valorização do trabalho, a poupança e o lucro em oposição ao ideário católico, que compreendia o trabalho como um castigo divino.