• Matéria: Português
  • Autor: rayssadias1516
  • Perguntado 5 anos atrás

Instrução: Após a leitura comparativa dos poemas, responda às questões de 01 a 04.

poemas: A uma taça feita de crânio humano de brilho e glória moribunda de Álvares de Azevedo

01- Em quais aspectos se aproximam os dois poemas?


02- Os sujeitos líricos dos poemas em análise possuem perspectivas distintas ou similares acerca da vida? JUSTIFIQUE.


03- São características recorrentes na obra poética de Lord Byron o sarcasmo, a ironia e o humor ácido. Essas características podem ser encontradas no poema “A uma taça feita de crânio humano”? JUSTIFIQUE.


04- Redija um breve parágrafo explicando o título do poema de Álvares de Azevedo.

Respostas

respondido por: lethyciaribeiro99
4

01 Os poemas desenvolvem a mesma temática da melancolia e da decadência que cercam a vida. Ademais, ambos tematizam o tédio existencial e a idealização da morte como um suposto fim desse tédio. Esses aspectos de aproximação entre os dois poemas corroboram Castro Alves. a grande influência de uma "estética do tédio", que remete aos versos de Byron, traduzidos por Tanto o poema de Lord Byron quanto o de Álvares de Azevedo apresentam um eu lírico que encara a vida como algo entediante e sem sentido, enxergando a morte como a libertação idealizada dessa vida decadente e sem propósito. 02 03 É possível encontrar sarcasmo, ironia e humor ácido no poema de Lord Byron. O humor ácido, por exemplo, é nítido nos versos "Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro / ... Podeis de vinho o encher!", em que o eu poético zomba da imagem fúnebre e sombria passada por um crânio, dando-lhe uma função relacionada à alegria e à vivacidade. Já o sarcasmo e a ironia são percebidos quando o eu lírico questiona o interlocutor a respeito de não ser adequado brindar com vinho usando um crânio. Na última estrofe, o eu lírico faz esse questionamento mostrando que a vida e o indivíduo de nada servem, mas, ao ser feito o crânio de taça, adquire uma utilidade. A pergunta feita nessa estrofe, "E por que não?", está carregada de ironia e zombaria. O título do poema, de maneira um tanto quanto sarcástica, explicita a visão idealizada da morte como júbilo de uma vida repleta de tédio. Nesse sentido, encontra-se o sarcasmo, pois o alcance da glória está no momento em que o sujeito se torna moribundo, isto é, no momento em que "Resta apenas / A caveira que a alma em si guardava".

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