O JUIZ
Houve uma reunião do Moreirão e do Moreirinha comigo e com o Orlandinho, três dias antes do jogo, para tratar de um assunto importante. Quem seria o juiz? Quem apitava os jogos do Universal, normalmente era o seu Bruno, da farmácia. Mas o seu Bruno da farmácia não era de confiança. Às vezes se distraía, uma vez saíra no meio do jogo, dizendo “Continuem, continuem”, para ir à farmácia dar uma injeção, e confessava que não gostava de marcar pênalti. “Não sou de dar pênalti”, dizia, como se fosse uma prova de bom caráter. Dava injeção sem dó, mas não dava pênalti. O seu Bruno da farmácia não servia. Propus o coronel Demétrio que gostava de assistir aos jogos no campinho, parecia conhecer as regras de futebol e, como militar,
imporia respeito dos dois lados. – O quê?! – disse o Moreirão. – O coronel Demétrio mal pode caminhar! – Ele não precisa se mexer muito. – Duvido que ele ainda possa soprar um apito! – Está certo – concedi. O coronel Demétrio também foi vetado. – E o Lúcio? [...] Também foi vetado.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. O juiz. In: O cachorro que jogava na ponta esquerda. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010. p. 40-42. Fragmento.
QUESTÃO 01. No trecho “– O quê?! – disse o Moreirão.” (ℓ. 10), os pontos de
interrogação e exclamação sugerem
A) admiração. B) desafio. C) indignação. D) teimosia.
QUESTÃO 02. O que motivou o início dessa narrativa foi a
A) busca por um juiz.
B) distração de seu Bruno.
C) proposta de nomes.
D) reunião dos meninos.
Respostas
respondido por:
8
Resposta:D
Explicação:
respondido por:
16
Resposta:
1) indignação
2) distração de seu Bruno
Explicação:
espero ter ajudado
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