Jerônimo bebeu um bom trago de parati, mudou de roupa e deitou-se na cama de Rita.
— Vem pra cá... disse, um pouco rouco.
— Espera! espera! O café está quase pronto!
E ela só foi ter com ele, levando-lhe a chávena fumegante da perfumosa bebida que tinha
sido a mensageira dos seus amores (...)
Depois, atirou fora a saia e, só de camisa, lançou-se contra o seu amado, num frenesi de
desejo doído.
Jerônimo, ao senti-la inteira nos seus braços; ao sentir na sua pele a carne quente daquela
brasileira; ao sentir inundar-se o rosto e as espáduas, num eflúvio de baunilha e cumaru,
a onda negra e fria da cabeleira da mulata; ao sentir esmagarem-se no seu largo e peludo
colo de cavouqueiro os dois globos túmidos e macios, e nas suas coxas as coxas dela; sua
alma derreteu-se, fervendo e borbulhando como um metal ao fogo, e saiu-lhe pela boca,
pelos olhos, por todos os poros do corpo, escandescente, em brasa, queimando-lhe as
próprias carnes e arrancando-lhe gemidos surdos, soluços irreprimíveis, que lhe sacudiam
os membros, fibra por fibra, numa agonia extrema, sobrenatural, uma agonia de anjos
violentados por diabos, entre a vermelhidão cruenta das labaredas do inferno.
Pode-se afirmar que o enlace amoroso entre Jerônimo e Rita, próprio à visão naturalista,
consiste
a) na condenação do sexo e consequente reafirmação dos preceitos morais.
b) na apresentação dos instintos contidos, sem exploração da plena sexualidade.
c) na apresentação do amor idealizado e revestido de certo erotismo.
d) na descrição do ser humano sob a ótica do erótico e animalesco.
Respostas
respondido por:
10
Resposta:
D)
Explicação:
ja fiz essa tarefa e a resposta era essa
mariaeduarda2871:
mt obg
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