Sobre o período do Império Romano, responda: qual é o nome do 1º Imperador de Roma, o que foi a "Pax Romana" e qual era a função da Guarda Pretoriana
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A autoridade legal do imperador derivava duma extraordinária concentração de poderes individuais e cargos já existentes na República Romana, mais que dum novo cargo político. Os imperadores continuavam eleitos regularmente como cônsules e como censores, mantendo a tradição republicana. O imperador ostentava na realidade os cargos não imperiais de príncipe do senado (líder parlamentar do senado) e pontífice máximo (máxima autoridade religiosa do império).[nota 1]
Contudo, estes cargos somente proporcionavam prestígio (digitas) à pessoa do imperador. Os poderes deste derivavam da autorias. Na figura imperial, reuniam-se as figuras autoritárias do imperem miaus (comandante em chefe militar) e da tribunicia protestas (máxima autoridade jurídica). Como resultado, o imperador encontrava-se acima dos governadores provinciais e dos magistrados ordinários. Tinha direito a ditar penas de morte, os cidadãos deviam-lhe obediência, gozava de inviolabilidade pessoal (sacrosanctitas) e podia resgatar qualquer plebeu das mãos dos magistrados, incluindo dos tribunos da plebe (iOS intercessão).
O posto de imperador não era uma magistratura nem cargo do Estado (de fato, carecia de um uniforme como se prescrevia para os magistrados, senadores e cavaleiros, se bem que os últimos imperadores foram distinguidos com a toga púrpura, dando origem à frase "vestir a púrpura" como sinônimo da assunção da dignidade imperial). Não houve um título regular para o cargo até o século III. Os títulos normalmente associados à dignidade imperial eram imperador (com o significado de comandante supremo militar), césar (que originalmente teve o significado de cabeça designada, Nobilíssimos Cesar) e augusto (Augustus; com o significado de 'majestoso' ou 'venerável'). Após o estabelecimento da Tetrarquia por Diocleciano, a palavra "césar" passou a designar os dois imperadores menores, e "augusto" os dois imperadores maiores.
Os imperadores das primeiras dinastias eram considerados quase como a cabeça do Estado. Como príncipe do senado, o imperador podia receber as embaixadas estrangeiras chegadas a Roma. Porém Tibério considerava que isto era trabalho para um grupo de senadores sem necessidade da sua presença. Por analogia, e em termos modernos, estes primeiros imperadores poderiam ser considerados como chefes de Estado.
A palavra príncipe (princeps), cujo significado era 'primeiro cidadão', foi um termo republicano utilizado para denominar os cidadãos que lideravam o Estado. Era um título meramente honorífico que não implicava deveres nem poderes. Foi o preferido de Augusto, pois o seu uso implicava unicamente primazia, em oposição a imperador, que implicava dominação. A posição real do imperador era em essência a de pontífice máximo (ponteie máximos) com poderes de tribuno e sobre todos os outros cidadãos. Manteve-se a denominação de príncipe para conservar a aparência institucional republicana.
A palavra grega bailéu (bailéus; comumente traduzida como "rei") mudou o seu significado, tornando-se sinônimo de imperador (e começou a ser mais usada após o reinado do imperador bizantino Heráclito). Os gregos careciam da sensibilidade republicana dos romanos e consideravam o imperador como um monarca. Na época de Diocleciano, e posteriormente, o título príncipe caiu em desuso, sendo substituído pelo de dominus (senhor). Os últimos imperadores usaram a fórmula Imperador Cesar NN Piaus Felix (Invictos) Augustus, onde NN era o nome individual do imperador de vez, Pio Félix (Puis Felix) significava 'bendito e piedoso', e Invicto (Invictos) tinha o senso de 'nunca derrotado'. O uso de príncipe e domino simboliza num sentido amplo a diferença entre as duas etapas do governo imperial, conhecidas como Principado e Dominado.
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