• Matéria: Artes
  • Autor: ablueablue
  • Perguntado 5 anos atrás

Assinale o que for correto sobre a Arquitetura
Contemporânea.
a) O historicismo é uma tendência contemporânea
que procura restaurar os estilos históricos de cada
país, reproduzindo fielmente os modelos do
passado.
b) Luis Barragan, superando as regras da International
Style, faz construções ligadas ao estilo High Tech,
usando o máximo de tecnologia possível em seus
prédios.
c) Frank Lloid Wright, principal arquiteto
contemporâneo, propunha uma humanização da
arquitetura: formas orgânicas, independentes de
uma rígida ordem geométrica.
d) Os prédios contemporâneos costumam ser
imponentes e formados por ângulos, módulos e
formas geométricas, com a parte externa em
concreto bruto. Outra particularidade são as
estruturas suspensas, recortes inusitados e
algumas aberturas cobertas por vidro.
e) O regionalismo crítico tem foco concentrado no
contexto histórico e cultural do local em que se
encontra, sem que isso exclua a possibilidade de se
trabalhar algo moderno e tecnológico.

Respostas

respondido por: HugoGay
6

Resposta:

b

Explicação:

Barragán nasceu na segunda maior cidade do México, Guadalajara em 9 de março de 1902. Filho de Juan José Barragán e de Ángela Morfín, com seis irmãos (três homens e três mulheres), numa acomodada e aristocrática família. Luis Barragán vive parte de sua infância e adolescência e início do período acadêmico durante o Porfiriato (ditadura de Porfírio Díaz) e a Revolução Mexicana.

Passava as férias de infância na fazenda serrana da família, no ambiente rural de Mazamitla, também no estado de Jalisco. Sua experiência rural viria a refletir-se na composição de sua “definição de um estilo mexicano universal”. Ingressa na Escola Livre de Engenheiros de Guadalajara em 1919. Seu interesse por arquitetura teria nascido – segundo afirmação do próprio Barragán – por influência do arquiteto Augustín Basave, seu professor.

Em 3 de dezembro de 1923, gradua-se Engenheiro Hidráulico. Também graduar-se-ia Arquiteto, devido ao fato de ter feito uma viagem ao exterior, participado de intercâmbio da Escola e ter cursado matérias suplementares, chegando a concluir o Projeto Final de Curso, mas sem retirar o título, em razão da viagem que fez logo em seguida.

Como presente por sua graduação, seu pai lhe dá uma viagem pela Europa, para que ele tivesse “uma visão do Velho Mundo”. Entre 1924 e 1925, viaja pela Espanha, França e ilhas italianas para conhecer projetos arquitetônicos e urbanísticos da época. o põe em contato com a arquitetura andaluza e desperta sua sensibilidade para espaços de tradição árabe e jardins mediterrâneos. Em Paris, visita a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, um evento que popularizou o Art Déco (estilo que ele usaria no Parque Revolução, de Guadalajara) e introduziu o público ao International Style de Le Corbusier e Charlotte Perriand. Nessa viagem, conheceu muitos artistas importantes, entre eles, Le Corbusier e Picasso.

Conheceu as obras e textos sobre paisagismo de Ferdinand Bac, que o influenciaram e definiriam sua vocação de “jardineiro” a partir da década de 1940. Em Granada, na Espanha, encontrou aproximações com a arquitetura mexicana (muros altos, janelas pequenas, pátios internos, casas voltadas para o interior).

Sua evolução arquitetônica busca então uma síntese pessoal da arquitetura secular mexicana, os jardins de Ferdinand Banc e a vanguarda européia.

Ao regressar para Guadalajara, entre 1926 e 1936, trabalhou em Guadalajara no escritório de seu irmão Juan Jose Barragán, também engenheiro. Atuou reformando e projetando casas, com um estilo de influências da arquitetura mediterrânea e local, já aplicando o que viria se confirmar como seu estilo próprio em algumas dessas residências. O bom resultado de seus projetos lhe garantiu fama na cidade e seus trabalhos se multiplicaram.

Em 1930, viaja aos Estados Unidos com seu pai (que falecera na viagem). Entre 1931 e 1932, faz sua segunda viagem à Europa, visitando também a África – onde se impressiona com a arquitetura mediterrânea e árabe. Com as construções do Marrocos, retoma os interiores em penumbras, os jogos de luz com as janelas pequenas e a integração da obra com a paisagem. A sensação de proteção o levou a adotar a parede e o muro como elemento básico da construção. Na França, conhece pessoalmente Ferdinand Bac e assiste conferências de Le Corbusier.

Volta ao México em 1932 e logo faz a reforma da casa de sua família, que por ser de sua propriedade, pode trabalhar livremente seus conceitos. Dessa casa, Barragán reduz os elementos à mínima abstração, retira as ornamentações ecléticas e aproxima a casa das típicas construções rurais.

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