• Matéria: Artes
  • Autor: caicmelo2018cm
  • Perguntado 5 anos atrás

Este ano, estudar foi diferente de tudo o que os irmãos Amy (15) e Anthony

Moncada (16), ambos solicitantes da condição de refugiado no Brasil, já tinham

experenciado na vida escolar. A vinda da Venezuela gerou inúmeros desafios para

a família, incluindo aprender um novo idioma, construir outra rotina e lidar com a

inesperada chegada do novo coronavírus.

A família Moncada chegou ao Brasil no final de 2019 por conta da escassez de

medicamentos e de serviços de saúde para o pai de Amy e Anthony. Agora, os

jovens comemoram a conclusão do primeiro ano do ensino médio em novembro,

ao lado de mais de 3 mil refugiados e migrantes venezuelanos matriculados nas

escolas da rede pública de Roraima.

“São pequenos passos como esses que geram um impacto imensamente

positivo no futuro de crianças e jovens refugiados”, destaca o Representante

Adjunto do ACNUR no Brasil, Federico Martinez. Amy e Anthony fazem parte de

uma minoria estatística. De acordo com o relatório do ACNUR “Unindo Forças pela

Educação de Pessoas Refugiadas”, apenas 31% dos jovens refugiados estão

matriculados na escola secundária (equivalente ao ensino médio no Brasil).

Os primeiros meses de aula de Anthony e Amy foram presenciais, e o novo

idioma trouxe desafios. “Não sei como estava estudando, eu não entendia nada”,

diz Amy ao relatar suas primeiras semanas de aula no Brasil. Após pouco tempo

de convivência com colegas e com o apoio de professores, o português se tornou

mais familiar. Mas dois meses depois do início das aulas, a COVID-19 mudou toda

a rotina de estudos.

“Quando a pandemia chegou, nos avisaram por celular que deveríamos buscar

livros para fazer as tarefas escolares e enviá-las de volta por meio digital ou

presencialmente”, conta Anthony. Com a nova rotina de estudos no abrigo

temporário Rondon 2, o celular se tornou indispensável para pesquisas, tradução

e comunicação com os professores. Anthony relata que experiência não é fácil:

falta de conectividade à internet e duração da bateria do celular foram alguns dos

desafios enfrentados durante os estudos remotos.

“A palavra para este período é adaptar-se. Já estamos em outro país, tivemos

que aprender outro idioma e tivemos que ter força para nos manter estimulados e

estudando durante a pandemia. Logo iremos concluir o ano letivo, graças à nossa

adaptação e ao apoio de nossos pais, que são professores. Estamos preparados

para continuar estudando após nossa interiorização”, conta Anthony com

entusiasmo.
Para Maivy del Carmen (38), mãe dos jovens e professora de Engenharia Civil

na Venezuela, ver os filhos estudando lhe dá muito orgulho, principalmente quando

conhecimento é tudo que lhe restou. “Fico muito feliz de ver meus filhos estudando,

mesmo com todas as dificuldades. Já solicitamos a transferência para outra escola

da rede pública na cidade onde começaremos uma nova vida”, diz Maivy, que

também estuda português junto com o marido.

Mesmo vivendo em condições adversas, a resiliência dos irmãos se reflete cada

vez mais nos anseios para o futuro. “Logo faremos mais uma mudança quando

formos para outra região do Brasil, e esperamos continuar estudando onde quer

que estivermos”, relata Amy. “Temos uma expectativa muito alta, tanto para nós

dois, quanto para nossos pais, que são professores. Nós temos nossos sonhos,

essa próxima etapa nos dá muita esperança para continuar construindo nosso

futuro. Minha mãe quer revalidar seu diploma como engenheira civil e encontrar um

trabalho que goste. Assim, teremos capacidade de buscar um bom teto e viver num

lugar tranquilo em família” concluem os irmãos.

ATIVIDADE

1- No relato acima quem são os personagens, qual a origem deles e aonde se

encontram atualmente?

2- Quais as maiores dificuldades enfrentadas pelo casal de filhos? Qual a

decisão deles diante das dificuldades?

3- O que eles desejam para o futuro da família?

Respostas

respondido por: julia88295
2

Resposta:No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”

Explicação:

respondido por: geevanna
1

Resposta:

1)c        2)b

Explicação: vc pode me dar um brigadun ??

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