• Matéria: Sociologia
  • Autor: paulloamaro
  • Perguntado 9 anos atrás

"Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, não outra que nos exprime. Senão for amada, não revelará a sua mensagem; e se não a amarmos, ninguém o fará por nós. Se não lermos as obras que a compõe, ninguém as tomará do esquecimento, descaso ou compreensão. Ninguém, além de nós, poderá dar vida a essas tentativas muitas vezes débeis, outras vezes fortes, sempre tocantes, em que os homens do passado, no fundo de uma terra inculta, em meio a uma aclimação penosa da cultura europeia, procuravam estilizar para nós, seus descendentes, os sentimentos que experimentavam, as observações que faziam – dos quais se formavam os nossos". (Candido, Antônio. Formação da literatura brasileira, 1975, vol. 1, p. 10).

Quanto à história social e intelectual do movimento modernista brasileiro, também, à formação da memória nacional, assinale a alternativa correta:

a) Conforme Candido, a inclinação à reconstrução do passado e a propensão ao ensaio, entre os modernistas, são derivações de um exercício intelectual que não pode furtar-se ao enfrentamento dos dilemas de uma história que manifesta nítida sensação de incompletude.

b) Quando Antônio Candido distingue os ensaístas da geração de 1930, atribuindo-lhes o papel de renovadores incontestáveis, o faz no crivo de terem construído um pensamento embebido nos problemas internacionais, completamente deslocados da problemática local.

c) Antônio Candido desenvolve a tese de que o “localismo” imperou como traço marcante da nossa cultura, espécie de “lei de evolução da nossa vida intelectual”. Isso significou enfrentar o problema de construir uma cultura sólida, integrada, coesa, afastando influências externas.

d) A concepção modernista estabelece uma evidente analogia com as ideias de conservação e manutenção, patente numa “maior consciência a respeito da univocidade da cultura no Brasil”.

Respostas

respondido por: carlossociologia
2
O entendimento e a resposta C
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