Madrigal Melancólico
O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito subtil,
Tão ágil, tão luminoso,
– Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi,
Não é a irmã que já perdi,
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.
1. No poema, o eu lírico criou uma estratégia argumentativa para exaltar a pessoa a quem se refere. Descreva essa estratégia.
2. Releia atentamente o poema e verifique o que o eu lírico destaca em cada estrofe.
3. Interprete os versos:
a) 5 a 7.
b) 12.
4. Releia os versos 28 e 29 e responda :
a) O que lastima e consola o eu lírico?
b) Por quê?
Respostas
respondido por:
0
Explicação:
cordão de ouro e cordão de bolinha de oração banhado a ouro ela falou quem sabe pelo menos
Perguntas similares
4 anos atrás
4 anos atrás
7 anos atrás
7 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás