3.
Fogo de Chão
Imagine-se no Rio de Janeiro, em pleno calçadão da Avenida Atlântica, de costas para o mar e admirando a
fachada do hotel Copacabana Palace. Pois bem, se as coisas no planeta continuarem como estão, os cariocas
do final deste século estarão privados dessa cena. Em vez disso, vão ver o Atlântico avançando sobre a avenida
que tomou o seu nome emprestado e tomando o térreo e o primeiro andar do hotel. Catastrofismo barato? Que
nada. No ritmo em que a temperatura média da Terra vem subindo, corremos o risco de chegar a 2100 com o
planeta até 3°C mais quente, o suficiente para derreter o gelo da Groenlândia e provocar uma elevação de sete
metros no nível dos oceanos. E esse perigo é real. Muito real.
Com certeza, você já ouviu falar em aquecimento global, Protocolo de Kyoto e mudanças climáticas. E tem
todo o direito de, com base em experiências anteriores, achar que todo o estardalhaço a respeito do tema seja
mais uma dessas previsões apocalipticas que motivam criações de ONGs (Organizações Não Governamentais)
mundo afora. Pois pode ir parando de pensar desse jeito. A "febre" pela qual passa o planeta já deixou de ser
blá blá blá de ecochato e adquiriu o status de discussão científica séria, com tudo o que isso tem de alarmante.
Nem dá para contar com o alivio de crer que a bomba vai explodir no colo das gerações futuras. Os efeitos do
aquecimento global já estão aí. Ou você acha que é apenas coincidência termos uma seca em plena Amazônia,
a mais feroz temporada de furacões nos EUA e os incendios que tostaram florestas na Europa? Isso só para ficar
em 2005, ano que, segundo a Nasa, foi o mais quente da história do planeta.
Nós temos culpa, muita culpa. Mais exatamente dois terços dela, segundo as estimativas mais confiáveis
Isso porque o principal responsável pelo aquecimento é o acúmulo e gases que provocam o efeito estufa na
atmosfera, principalmente o dióxido de carbono. Necessário para a existência da vida por aqui - sem ele, o
planeta seria cerca de 30 °C mais frio, o efeito estufa mantém aprisionado o calor necessário para que a gente
não tenha de dormir de meia todas as noites. O problema é que, turbinada, essa camada está retendo calor
demais. (...)
REVISTA Carta Capital. Ano XX, nº 801 Sao Paulo. Editora Confiança, 28 maio 2014. p. 12. (Adaptado
A maior parte do texto foi escrita na variante culta da língua, porém, em algumas passagens, o autor opta
pela linguagem informal, aproximando a linguagem escrita da oralidade. Transcreva dols exemplos de uso
da linguagem informal encontrados no texto.
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“Blá blá blá”
“Tostaram”
“Tostaram”
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