Question

Sua atividade escrever uma carta ou um texto (À CANETA), como se fosse um indio americano, no Brasil ou na américa espanhola e nesse texto, conte a sua versão sobre o que viveu durante o periodo colonial (Tendo suas terras invadidas, sendo obrigado a trabalhar; vendo seu povo sendo morto ou adoecendo: vendo suas áreas de caça ou de cultivo ...enfim, faça de conta que viveu naquele periodo e conte como se fosse um indio americano, o que viu, viveu e sentiu. Por exemplo: Os espanhóis levavam toda prata de Potosí para a

Espanha, para encher os cofres públicos da Coroa, mas os indios morriam aos milhares devido aos trabalhos forçados e as más condições de vida, qual seria o beneficio da extração da prata para os

indios????

Pode fazer também um desenho, para ilustrar seu texto, se quiser. (O texto é obrigatório o desenho e​

Answer 1

Bahia, 22 de abril de 1540.

Cara pessoa que está a ler,

Meu nome é Iraci, e estou aqui para relatar como foram esses últimos anos para mim e para meu povo. Finalmente tomei coragem para escrever essa carta.. não sei para quem chegará, mas pouco importa, desde que consiga passar minhas experiências e emoções, e conseguir expor como realmente são os miseráveis que tiraram tudo que tinhámos...

Para enterdermos melhor como tudo começou, vou contar tudo desde o início.

Era uma tarde comum como todas as outras, estavam todos da tribo realizando suas devidas funções, até que de longe avistamos grandes embarcações chegando na costa da praia; ficamos assustados, até porque aqueles transportes eram gigantescos comparados à nossas canoas, logo sacamos nossas armas para nos defendermos. Ao ver mais de perto quem eram aqueles que haviam invadido nosso território, ficamos atordoados com o que vimos. Eram pessoas totalmente diferentes de nós; eram brancos, vestiam roupas "estravagantes", e não tinham um cheiro agradável para nossas narinas, pareciam que não tomavam banhos a meses.. Logo após esse encontro inesperado, os mesmos vieram até nós rendidos e falando sobre negociações e trocas, como não estávamos entendendo nada, resolvemos chamar ao pajé, que tinha grande conhecimento e com certeza sabia o que iríamos realmente fazer em seguida.

Tempo se passou e o pajé explicou-nos todas as ofertas que os estrangeiros ofereciam por simples elementos da natureza. Ficamos desconfiados com eles no início "porque trocar tudo aquilo por simples elementos naturais?", mas como era o pajé quem tinha nos explicado e comentado sobre tais circunstâncias, todos concordamos, e fizemos um acordo de que se alguma coisa desse errado no final, iríamos atacar e seguir adiante com uma guerra.

Passaram-se alguns dias logo após a chegada daqueles estrangeiros e as coisas pareciam normais, exceto a parte deles não saberem uma partilha de nossos costumes, comidas, e tradições, os mesmos mau sabiam o que era um cajú e como se colhia, podiamos considera-los uma vergonha, mas não vem ao caso, até porque eles estavam nos beneficiando com seus bens enquanto dávamos os nossos em troca.

Depois de alguns meses em contado entre aqueles homens, e coisas que jamais haviam acontecido estavam acontecendo de fato. Muitos de nossos companheiros estavam com doenças que rituais e ervas não curavam, era muito estranho... Mal sabíamos que aquele era somente o começo da tragédia.

Nos anos seguintes, os portugueses (assim que se denominavam) começaram a agir estranho conosco, ficavam de conversinha e com reviradas de ohos provocadores; não sabíamos o que estava acontecendo exatamente, então ignoramos.

Todos esses anos se passaram e eles revelaram suas reais faces, e foi aí que tudo começou... Os portugueses começaram a nos pressionar para mostrarmos as fontes de minério da região, e nossos mais valiosos bens. Começaram a nos bater e fazer pressão física e psicológica, dizendo que iriam matar nossos familiares se não os déssemos nossas riquezas materiais.

Nos rendemos a eles que apontavam armas em nossas cabeças para minerar e render mais e mais dinheiro para seus comércios, o dia inteiro era assim, nos obrigavam a fazer suas ordens e respeita-los a todo custo...

Tinhamos medo! Medo de morrer e de perder familiares, era horrível; não tinhamos o direito de nos expressar, e uma palavra que falavamos se transformava em morte. Mas o pior de tudo mesmo foi ter dado abertura para aqueles monstros terem tirado tudo de nós e de terem nos traído de maneira egoísta! Levaram tudo, nosso ouro, madeira, minérios, plantas, e o principal, a vida de nossos familiares. Lembro-me de quando vi meu pai ser torturado até a morte por ter falado uma simples palavra, fiquei traumatizada, não consegui dormir nem naquela noite e nem nas outras; todos que eu amava da tribo tinham fujido ou sido mortos... Minha vontade era de me jogar no mar e me afogar lá mesmo, para não ter de morrer na mão daqueles miseráveis sem coração!

Se eu pudesse descrever essa situação, diria que foi traumatica. Nunca tinha tido sensações tão ruins dentro de mim, o medo, ódio, traição e muito mais... Até hoje me pergunto "onde estávamos com a cabeça de ter deixado aqueles vermes entrar em nosso território."

E a pensar que há pessoas nesse gigante mundo que vangloriam esse tipo de gente; mas é como dizem, só quem viveu sabe...

Com isso, acabo a mensagem que queria transmitir, não sei se terá algúm destinário no futuro, mas esse foi meu recado...

Obrigada por terem lido (caso encontraram)